O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,5 pontos em abril, para 90,4 pontos, menor nível desde maio de 2021 (87,1 pontos). Na média móvel trimestral, o índice recuou 0,5 ponto. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGVIbre). Após um resultado positivo no mês passado, a confiança de serviços volta a recuar em abril, influenciada, principalmente, pela piora nas expectativas futuras do setor que recuaram com maior intensidade.
“O resultado pessimista do setor reflete cautela dos empresários sobre a demanda futura, de forma disseminada entre os segmentos. Em relação ao futuro de longo prazo, os desafios podem ser ainda maiores para o ano de 2025. Apesar dos resultados positivos do mercado de trabalho no primeiro trimestre, o cenário macroeconômico segue incerto para as empresas que podem se deparar com um segundo semestre de desaceleração da atividade e um ambiente que aponta para pressões nos preços, taxa de juros elevada e aumento da incerteza econômica.”, avaliou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
A queda do ICS em abril ocorreu nos seus dois componentes. O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 1,5 ponto, para 93,8 pontos, menor nível desde maio de 2023 (93,7 pontos). O Índice de Expectativas (IE-S) recuou 3,6 pontos, para 87,2 pontos, menor nível desde março de 2021 (81,8 pontos).
Os dois componentes do ISA-S recuaram, sendo que o maior impacto veio do indicador de situação atual dos negócios que cedeu 2,2 pontos e atingiu 92,6 pontos, enquanto o indicador de volume de demanda atual retraiu 0,8 ponto e chegou aos 95,0 pontos. Entre os componentes do IE-S, o indicador de demanda prevista nos próximos três meses retrocedeu 2,8 pontos, para 88,0 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 4,4 pontos e foi para 86,3 pontos.