Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) atravessaram a ponte móvel do Guaíba na manhã desta segunda-feira após cinco dias de marcha. O grupo partiu de Eldorado do Sul, por volta das 6h, rumo a Porto Alegre, onde uma reunião com representantes do Executivo Estadual deverá ocorrer na quarta-feira.
Até às 10h, o trecho da rodovia não havia sido bloqueado, mas registrava lentidão. O ato era acompanhado por uma viatura da Polícia Rodoviária Federal e ocorria de forma pacífica.
As reivindicações incluem novos assentamentos e o reassentamento de famílias atingidas pelas enchentes de 2024, além de avanços na agroecologia e na reforma agrária popular. A temática do feminismo também integra o bojo da manifestação.
“A marcha faz parte da jornada do Abrigo Vermelho, que são reivindicações a partir da memória dos 21 um companheiros que foram assassinados em Eldorado do Carajás. Eles foram mortos pela polícia, em 1996, a mando de fazendeiros. Reivindicamos uma reforma agrária popular e a pauta da terra para mais de 1,6 mil famílias acampadas no Rio Grande do Sul”, explicou Marlon Fragas, um dos coordenadores da marcha.