Rio Grande do Sul foi o estado brasileiro que mais sofreu com eventos climáticos nos últimos 30 anos, segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. A manifestação foi feita, nesta segunda-feira, durante a abertura do Fórum Democrático 2025, organizado pela presidência da Assembleia.
Mercadante foi o principal palestrante do evento que deu o start à iniciativa, realizada no salão nobre da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. O evento ocorreu em meio a semana que marca um ano da tragédia das enchentes que garantiu seu lugar no ranking dos piores eventos climáticos do país.
Mercadante destacou que o episódio no Estado levou o banco a criar uma diretoria específica de enfrentamento de eventos climáticos extremos, que vem recebendo cada vez mais demandas.
O BNDES e o governo gaúcho firmaram ainda parceria para a concepção do projeto RioS (Resiliência, Inovação e Obras para o Futuro do Rio Grande do Sul), voltado à prevenção e adaptação frente a eventos climáticos extremos, por meio de estudos e da elaboração de uma série de programas, planos e projetos.
A intenção é que as ações em infraestrutura de resiliência em cidades gaúchas sirvam de modelo para outras regiões do país. Mercadante destacou ainda que no ano passado, o Rio Grande do Sul foi o segundo estado que mais recebeu recursos do BNDES, aproximadamente R$ 39 bilhões.
Ele defendeu que não basta apenas investir na reconstrução da infraestrutura. “Se você não recuperar a economia, o Estado não se recupera. Não basta só reconstruir a infraestrutura”, disse.
Além da Capital, Fórum irá percorrer Interior
Antes da abertura oficial do Fórum Democrático, o presidente da Assembleia, Pepe Vargas (PT), recebeu Mercadante em almoço, no Salão Júlio de Castilhos. Também estavam presentes o governador Eduardo Leite (PSDB), lideranças políticas, empresariais e sindicais.
“Transição ecológica e financiamento” é o primeiro eixo dos debates do fórum, que abordará ainda sustentabilidade na indústria, comércio e serviços, sustentabilidade na agricultura e pecuária, e desigualdades regionais e sociais. Após os debates em Porto Alegre, serão realizados nove encontros no interior do Estado.