Em meio à situação de emergência por conta da epidemia de dengue, neste feriado de Tiradentes, dia 21, quatro unidades de saúde de Porto Alegre – Passo das Pedras, Morro Santana, Primeiro de Maio e Clínica da Família José Mauro Ceratti Lopes – abriram para atendimento de pacientes que apresentaram sintomas da doença. Até o início da tarde, foram registrados, na Capital, 4.584 casos confirmados e 19.602 notificados, de acordo com o painel de arboviroses da prefeitura.
Na Capital, o distrito sanitário com maior número de casos está na região Eixo Baltazar, composta pelos bairros Costa e Silva, Jardim Itu, Jardim Leopoldina, Parque Santa Fé, Passo das Pedras e Rubem Berta, com 1.304 casos confirmados. Só na Unidade de Saúde Passo das Pedras 1, são 848 casos confirmados e 1.890 notificados – cerca de 65% de todo o distrito. Desses, 685 são autóctones, casos em que a infecção ocorre dentro da própria cidade.
De acordo com a SMS, as unidades registraram procura por atendimentos nesta segunda-feira. A unidade Passo das Pedras, na zona Norte, com maior foco de casos, iniciou os atendimentos às 9h e, até o final da manhã, foram registrados pelo menos 60 atendimentos de pacientes com sintomas de dengue. De acordo com Priscila Costa da Silva, gerente das unidades de Santa Fé e Vila Elizabeth, e que veio à unidade Passo das Pedras para auxiliar e dar suporte aos atendimentos, a maioria dos casos são suspeitos, mas, dependendo da gravidade, os pacientes são encaminhados a outras unidades para fazer a coleta de sangue para diagnóstico da doença. Repelentes também estão sendo distribuídos para pessoas com sintomas e que estão em tratamento.
Entre os principais sintomas relatados pelos pacientes, segundo a profissional, estão principalmente dor no corpo, nos olhos, dor de cabeça e abdominal, além de febre, vômitos e diarreia. “A pessoa passa primeiro no acolhimento, onde é verificada a sua queixa e os seus sinais vitais. Conforme a identificação dos sinais, os pacientes são encaminhados tanto para consulta de enfermagem quanto para consulta médica. Com o profissional médico, avalia-se a necessidade de hidratação intravenosa, de soro, para o paciente com maior debilidade e desidratação”, detalha Priscila.
