
A Prefeitura de Lajeado, por meio da Defesa Civil instalou de modo experimental um radar de alta precisão na Ponte de Ferro sobre o Rio Forqueta. O equipamento, desenvolvido pela empresa chinesa Hikvision, combina uma câmera com um radar capaz de detectar variações no nível da água com precisão de um milímetro, visando aprimorar o monitoramento de enchentes e inundações na região.
Quando o nível do rio ultrapassa um limite pré-definido, o sistema emite um alerta automático para a central de monitoramento. Os operadores conseguem verificar a situação em tempo real por meio das imagens da câmera acoplada ao radar, permitindo uma análise imediata da ocorrência.
A localização escolhida para os testes, a Ponte de Ferro, entre Lajeado e Arroio do Meio, foi indicada pela Defesa Civil de Lajeado devido à estrutura adequada para a avaliação do equipamento. O período de testes será de 30 dias, podendo ser prorrogado se necessário. Ao final, será solicitado um relatório técnico detalhado aos órgãos envolvidos para avaliação dos resultados.
O sistema utiliza a rede de internet da BrasRede, já disponível no local. Fabiano Martins, representante da Hikvision, destacou que o equipamento também pode operar com energia solar, mediante a instalação de um kit com placa fotovoltaica.
“Esta possibilidade de funcionar com uso de energia solar é fundamental pois permite a transmissão de dados em situações adversas em que não há energia elétrica disponível” explica o coordenador da Defesa Civil de Lajeado, Marcelo Maya.
Além do monitoramento em tempo real, o sistema gera relatórios contínuos dos níveis da água e envia alertas automáticos. Maya ressaltou que, se os resultados forem positivos, a tecnologia poderá ser expandida para outras áreas do Vale do Taquari e do estado.
“Nas últimas enchentes, tivemos experiências com a interrupção da transmissão de dados do nível do Rio Taquari, o que dificultou a análise da dimensão dos eventos que estavam ocorrendo. Investir na redundância das análises do nível dos rios e em diversos pontos das bacias hidrográficas se torna crucial para podermos dar respostas rápidas e assertivas quando ocorrerem as próximas enchentes” concluiu o coordenador.