A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre confirmou, na noite desta quinta-feira, 17, o primeiro caso de sarampo na cidade em cinco anos. O paciente é um adulto, morador da Capital, sem comprovação vacinal, que retornou de viagem aos Estados Unidos no final de março. Os primeiros sintomas surgiram no início de abril.
Diante da alta transmissibilidade do vírus, a Diretoria de Vigilância em Saúde emitiu um alerta a todos os serviços de saúde para reforçar a identificação precoce e a adoção imediata de medidas preventivas. O vírus do sarampo pode ser transmitido antes mesmo do surgimento dos sintomas, o que amplia o risco de contágio.
A semelhança clínica entre sarampo e dengue — que também enfrenta epidemia em Porto Alegre — exige atenção especial dos profissionais de saúde na triagem de pacientes. Os sintomas incluem febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele.
“Reforçamos que a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir o sarampo. A população deve conferir a situação vacinal e, em caso de dúvidas, procurar qualquer unidade de saúde”, reforça a enfermeira Raquel Carboneiro, técnica da Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis.
Atendimento e notificação
A DVS orienta que pacientes com suspeita de sarampo sejam isolados imediatamente e recebam máscara cirúrgica ainda na recepção das unidades de saúde. O uso de precauções contra aerossóis deve ser iniciado assim que houver suspeita clínica.
O sarampo é uma doença de notificação compulsória. A notificação deve ser feita ainda na presença do paciente, por meio dos telefones: (51) 3289-2471/3289-2472 (horário comercial) e plantão epidemiológico 24h, disponível todos os dias da semana.
Após a notificação, será orientada a coleta de exames. O paciente deve permanecer em isolamento por quatro dias após o início das manchas no corpo.
Orientações
As equipes devem levantar todos os locais por onde o paciente circulou entre seis dias antes e quatro dias após o aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo. Quem teve contato com a pessoa infectada deverá receber a vacina contra o sarampo em até 72 horas, a menos que tenha o esquema vacinal completo. Após esse prazo, a vacinação seletiva é recomendada. Todos os contatos devem ser monitorados por 30 dias quanto ao surgimento de sintomas.