Vice-presidente estadual do PSD, Ana Amélia Lemos detalhou, nesta quinta-feira, as articulações envolvendo a ida do governador Eduardo Leite para o partido. Ana Amélia lembrou que o namoro entre Leite e Gilberto Kassab vem desde 2022 e citou o esfacelamento do PSDB e as tentativas frustradas de fusão, enquanto o PSD cresceu e se fortaleceu nas ultimas eleições, em todo o país.
“O PSD e o Kassab têm expressão e liderança em relação ao que vai ocorrer nas eleições presidenciais de 2026. O tabuleiro está sendo formado e tem a ver com as escolhas que estão sendo tomadas. O governador Eduardo Leite está com o pé no PSD. Isso já foi confirmado pelo Kassab e pela própria nota divulgada por Leite. No dia 9 deste mês, o Kassab informou ao Danrlei (deputado federal do PSD), que por sua vez avisou a presidente estadual, Letícia Boll Vargas, que Leite assumirá o comando do partido no RS, claro, com vistas a sucessão de 2026”, disse Ana Amélia, em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.
A dirigente destacou que Leite deve disputar uma das duas vagas ao Senado, já que, por ora, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, que tem alta avaliação, é o cotado para representar o PSD na corrida ao Planalto.
“Hoje, a valorização do Congresso é muito importante para a governabilidade. O peso de um senador é muito maior. Não apenas nas decisões legislativas, mas também para o próprio Executivo. Uma voz forte no Senado, com respeitabilidade nacional, pode mudar o curso de muitas das ações do Executivo, e do próprio judiciário. É bom ressaltar essa nova fase, de valorização do Legislativo, e o que representa um senador do Rio Grande do Sul com atuação notável em questões institucionais”, avaliou Ana Amélia, fazendo projeções.
Fim melancólico
Segundo Ana Amélia Lemos, parte dos tucanos deve ingressar no Republicanos, e, pelo menos outra parte no PP. “É uma costura delicada que irá tecer o novo mapa político eleitoral e partidário, com base neste troca-troca, em função da fragilização de partidos que dominaram a política brasileira. Como o PSDB, de Fernando Henrique e de Mário Covas, que terá um fim melancólico”, disse.