O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,22% em abril, após subir 0,04% em março. Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,22% no ano e 8,71% nos últimos 12 meses. Em abril de 2024, o IGP-10 havia caído 0,33% no mês e apresentava queda acumulada de 3,81% em 12 meses. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).
“Dentre os itens do IPA com as maiores contribuições para a queda do IGP-10 estão commodities como: café, proteínas e minerais metálicos. Já no IPC, passagem aérea, arroz e tarifa de energia elétrica influenciaram a desaceleração nos preços ao consumidor. Por fim, os preços da Construção avançaram sob impacto do aumento nos preços da mão de obra.”, afirma Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
PREÇOS AO PRODUTOR
Em abril, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,47%, registrando novo recuo, quando comparado a queda de 0,26% observada em março. Analisando os diferentes estágios de processamento, percebe-se que o grupo de Bens Finais apresentou uma desaceleração significativa em sua taxa, passando de 1,12% em março para 0,22% em abril. Seguindo esse comportamento, o índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, passou de 0,34% em março para -0,05% em abril. A taxa do grupo Bens Intermediários caiu 0,33% em abril, após alta de 0,14% no mês anterior. O índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) caiu 0,12% em abril, invertendo o comportamento em relação ao mês anterior, quando registrou alta de 0,30%. O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu com menor intensidade em relação ao mês anterior, passando de -1,36% em março para -1,00% em abril.
PREÇOS AO CONSUMIDOR
Em abril, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou taxa de 0,42%, apresentando recuo em relação ao mês anterior, quando o índice subiu 1,03%. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, seis apresentaram desaceleração em suas taxas de variação: Habitação (2,77% para 0,31%), Transportes (1,03% para 0,39%), Alimentação (1,31% para 1,06%), Despesas Diversas (0,84% para 0,20%), Vestuário (0,24% para 0,02%) e Comunicação (0,40% para 0,29%). Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,98% para -0,69%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,51% para 0,59%) exibiram avanços em suas taxas de variação.
CONSTRUÇÃO CIVIL
Em abril, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,45%, pouco acima da taxa de 0,43% observada em março. Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se movimentações distintas nas suas respectivas taxas de variação na transição de março para abril: o grupo Materiais e Equipamentos recuou de 0,52% para 0,24%; o grupo Serviços acelerou sua taxa de 0,18% para 0,39%; e o grupo Mão de Obra avançou de 0,36% para 0,74%.