PDT mantém Juliana Brizola como alternativa para 2026

Em evento, pedetistas discutiram cenários para eleições - Foto: Divulgação / CP

O PDT gaúcho vai manter na mesa a possibilidade de candidatura da ex-deputada Juliana Brizola ao governo do Estado em 2026, mas uma avaliação mais consistente sobre o rumo a ser seguido nas próximas eleições no RS só acontecerá a partir do início do próximo ano. A estratégia do partido no Estado concentrou os debates feitos na noite da última sexta-feira, 11, no Encontro Regional de Coordenadorias, que aconteceu na Câmara de Vereadores de São Leopoldo.

Na reunião, que teve a presença do presidente licenciado do PDT nacional e ministro da Previdência, Carlos Lupi, do presidente estadual e prefeito de Osório, Romildo Bolzan Júnior, dos dois deputados federais, além da própria Juliana, e de diferentes lideranças, os pedetistas manifestaram apoio ao pré-lançamento da candidatura da ex-deputada ao Piratini.

Os dirigentes partidários entendem que seria pouco inteligente descartar a participação de Juliana em uma chapa majoritária. Tanto pelo desempenho que ela apresentou na corrida pela prefeitura de Porto Alegre no ano passado, como pelos índices de intenções de voto para o governo que possui em diferentes sondagens eleitorais. Mas, neste momento, nos debates internos, a possibilidade com mais força é a de que ela dispute uma das cadeiras na Câmara dos Deputados, de forma a tentar aumentar a bancada da legenda.

“Juliana tem prestígio significativo para uma eleição majoritária estadual e, mais para a frente, veremos qual a viabilidade. Agora ainda é muito cedo para uma definição”, desconversa Bolzan Júnior. Ele admite, contudo, que, por enquanto, a prioridade da sigla para 2026 é aumentar tanto a bancada federal como a estadual.

Hoje, no RS, o partido não só faz parte da administração Eduardo Leite (PSDB), como mantém tratativas no sentido de aumentar esta participação. Para 2026, a sigla é cobiçada tanto pela articulação de Leite, que terá o vice, Gabriel Souza (MDB), como candidato ao Piratini, como pelo PT, que já lançou ao governo o atual presidente da Conab, Edegar Pretto.

Enquanto isso, no PDT, outro fator que faz o nome de Juliana despontar é o entendimento de que, mesmo que a sigla, no próximo ano, possa vir a integrar uma coalizão encabeçada pelo MDB ou uma do PT, na prática não haverá como unificar os pedetistas gaúchos em torno de Gabriel ou de Edegar.