Confira os 10 tipos de doenças crônicas elegíveis para vacinação contra a gripe

Chamadas de comorbidades, essas condições são de maior risco de agravamento pela doença

Foto: Fabiano do Amaral / CP Memória

Teve início nesta semana, em todo o país, a vacinação contra a gripe (influenza). Entre os grupos prioritários está o das pessoas com comorbidades, indivíduos com doenças crônicas ou condições clínicas que aumentam o risco de complicações e morte em caso de infecção pelo vírus.

As comorbidades mais comuns entre os casos que precisam de internação são doenças cardiovasculares, Diabetes Mellitus e doenças respiratórias. Segundo dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), em 2024, 64% das hospitalizações por gripe e 87% das mortes ocorreram entre pessoas com comorbidades. No grupo dos idosos, que também é prioritário pela idade, os índices são ainda mais altos: 85% das internações e 91% dos óbitos envolveram pacientes com alguma condição pré-existente.

A vacina contra a influenza é considerada a principal medida de prevenção. Ela contribui para reduzir a gravidade da doença, o número de hospitalizações e os óbitos, além de oferecer proteção durante o período de maior circulação dos vírus.

Categorias e indicações

Na lista de comorbidades com indicação à vacinação, estabelecida pelo Ministério da Saúde, estão elencadas uma série de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais. Entre elas estão as doenças respiratórias crônicas, cardíacas, renais, neurológicas, hepáticas, diabetes, imunossupressão, entre outras.

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) orienta os municípios a adotarem medidas que facilitem o acesso desse público à imunização. Para receber a vacina, não é necessária a apresentação de prescrição ou relatório médico detalhando a patologia. Basta apresentar qualquer documento que comprove a condição de saúde, como receitas de medicamentos específicos (como hipoglicemiantes ou anti-hipertensivos), laudos, atestados, resultados de exames, marcações de consulta ou resumos de alta hospitalar. A avaliação da enfermagem no momento da vacinação também pode ser suficiente para indicar a aplicação da dose.

Doenças respiratórias crônicas

  • Asma em uso de corticoide inalatório ou sistêmico (moderada ou grave)
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc)
  • Bronquiectasia
  • Fibrose cística
  • Doenças intersticiais do pulmão
  • Displasia broncopulmonar
  • Hipertensão arterial pulmonar
  • Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.
  • Doenças cardíacas crônicas

Doença cardíaca congênita

  • Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade
  • Doença cardíaca isquêmica
  • Insuficiência cardíaca.

Doença renal crônica

  • Doença renal nos estágios 3,4 e 5
  • Síndrome nefrótica
  • Paciente em diálise

Doenças hepáticas crônicas

  • Atresia biliar
  • Hepatites crônicas
  • Cirrose

Doenças neurológicas crônicas

  • Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica
  • Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo acidente vascular cerebral e indivíduos com paralisia. Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular. deficiência neurológica grave.

Diabetes

  • Diabetes mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos.

Imunossupressão

  • Imunodeficiência congênita ou adquirida
  • Imunossupressão por doenças ou medicamentos

Obesidade Grave

  • Obesidade grau III (IMC maior que 40)

Transplantados

  • Transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea

Portadores de trissomias

  • Síndrome de Down
  • Síndrome de Klinefelter
  • Síndrome de Warkany
  • Outras trissomias

665 mil doses para este público