Seminário Operação Taquari 2 debate lições e impactos da enchente de 2024 no Rio Grande do Sul

Seminário Operação Taquari ocorre de hoje até a sexta-feira no auditório do MPRS | Foto: Pedro Piegas

Um balanço de aprendizados da enchente de 2024 no Rio Grande do Sul é o principal tema do Seminário “Operação Taquari“, que ocorre nesta terça, quarta e quinta-feira, dias 8, 9 e 10 de abril, no auditório do Ministério Público do RS. Especialistas, representantes de instituições e de comunidades locais de reúnem para tratar das lições aprendidas na Operação Taquari 2, criada em 30 de abril de 2024 para dar assistência à população afetada pelas fortes chuvas no Estado.

O evento também tem o propósito de melhorar as ações de prevenção, de atendimento e de recuperação em situações de desastres, propondo estratégias de gestão de riscos.
O Comandante Militar do Sul, General Hertz Pires do Nascimento, afirmou que o evento estava planejado ainda para ser realizado no passado, antes da enchente. Este ano, o objetivo foi reunir a equipe do Exército para identificar as lições aprendidas.

“Ver o que precisamos aperfeiçoar da nossa estrutura de comando e controle, para que a resposta seja mais rápida, e colocar à disposição os nossos meios, que são meios de guerra, para uma situação extrema como essa”, diz. Para o General, o trabalho junto a diferentes agências serviu para apresentar uma resposta coordenada, segura e mais rápida do que nos eventos anteriores.

“Nós sozinhos vamos fazer as ações emergenciais. E depois? Quem vai tratar da cidadania, da recuperação, da parte hospitalar? Nós oferecemos a ajuda imediata e, na sequência, colaboramos com as agências, colocando nossas logísticas e equipamentos à disposição para que cada uma realize a sua expertise. O segredo aqui no RS foi essa integração sem protagonista, isso que deu certo”, destacou.

Laércio Massaru Namikawa, pesquisador e tecnologista sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e um dos palestrantes, lembrou que o Instituto trabalhou primordialmente com a resposta dos desastres, e as pesquisas coordenadas mostraram a possibilidade de utilizar tecnologias espaciais como imagens de satélite para ajuda ao planejamento das ações enquanto a resposta dos desastres estava acontecendo.

“Não só nas ações de prevenção de mitigação, mas também na fase de resposta, quando a gente tem que estar bastante preparado. Importante saber todos os recursos que estão disponíveis e que tipo de informação pode ser utilizada pra auxiliar nas operações, principal considerando a extensão geográfica”, afirmou Namikawa.