Títulos públicos de longo prazo são destaque em março

Alternativa acima de cinco anos cresceu 2,83% no mês

Foto: Marcello Casal Jr./ABr

Todos os índices de renda fixa da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) registraram altas mensais e trimestrais, tanto entre os títulos públicos quanto privados. A maior valorização de março foi do IMA-B 5+, carteira de NTN-Bs (papéis indexados ao IPCA) com vencimento acima de cinco anos, que cresceu 2,83%. No primeiro trimestre de 2025, esse índice avançou 3,69%.

“As carteiras de curto prazo registraram grande valorização no ano passado, enquanto as de longo prazo vêm mostrando recuperação nesse início de 2025. A previsão de queda dos juros para o final do ano – o que até pouco tempo atrás era uma dúvida do mercado – e a valorização do real diante das incertezas em relação aos Estados Unidos contribuem para um ambiente mais favorável para títulos de prazos mais longos” explica Marcelo Cidade, economista da ANBIMA.

O IRF-M 1+, carteira de títulos prefixados com prazo acima de um ano, registrou 1,62% de rentabilidade em março, a segunda maior entre os títulos públicos no mês. No primeiro trimestre, o índice subiu 2,16%. Já os prefixados de menor prazo, do índice IRF-M 1, tiveram o maior crescimento do ano até o momento: 5,46%, com 1,01% de alta em março.

Enquanto isso, o IMA-S, que reflete as LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) com duração de um dia útil, rendeu 0,96% no mês e 3,09% no ano. E o IMA-B 5, composto por NTN-Bs com vencimento em até cinco anos, avançou 0,55% em março e 3,10% em 2025. No geral, os títulos públicos marcados a mercado fecharam o mês com alta de 1,27% e o trimestre com alta de 3,49%, segundo o IMA (Índice de Mercados da ANBIMA).

CORPORATIVOS

Entre os papéis privados, as debêntures sem isenção fiscal valorizaram 2,33% no mês, totalizando 4,83% de janeiro a março, segundo o IDA-IPCA Ex-infraestrutura. Já o IDA-IPCA Infraestrutura, que foi o destaque de fevereiro com 1,35% de rentabilidade, cresceu 2,02% em março. As debêntures com isenção fiscal que compõem o índice registraram alta de 4,96% no trimestre.

A rentabilidade do IDA-DI, que contempla as debêntures indexadas ao DI, foi de 1,85% no mês e 4,79% no ano, respectivamente. O IDA (Índice de Debêntures ANBIMA), que acompanha todos os títulos privados marcados a mercado, subiu 1,93% em março, com crescimento de 4,86% em 2025.