Diante do aumento dos casos de dengue e da confirmação de chikungunya no Rio Grande do Sul, a Secretaria de Saúde de Porto Alegre alerta famílias com viagem marcada para o interior do Estado – especialmente para as regiões de Ijuí, Carazinho e Salvador das Missões – sobre os cuidados necessários para evitar as doenças.
Medidas de proteção individual são recomendadas, como uso de repelente corporal e elétrico, de ambiente, uso de telas milimétricas em portas e janelas e raquetes elétricas.
Roupas de mangas e calças compridas também são indicadas. Medicamentos só devem ser tomados depois de recomendação de profissional de saúde.
O uso de repelente corporal é recomendado a partir dos seis meses de idade. O tipo de produto depende da faixa etária da pessoa. Além do uso de repelente, é preciso atenção a sintomas compatíveis com dengue ou chikungunya e buscar atendimento em serviço de saúde já no início dos sintomas.
Sinais
Para dengue, atenção a febre alta, acompanhada por dor no corpo e dor de cabeça. Para chikungunya, atenção aos quadros de febre alta de início repentino e dores fortes nas articulações, especialmente em locais com casos confirmados da doença ou pessoas que têm vínculo com pacientes confirmados para chikungunya.
Registros de casos
A Secretaria de Saúde do Estado emitiu alertas epidemiológicos em março para esses locais do interior gaúcho por causa do aumento de casos de chikungunya em Carazinho e circulação do sorotipo DENV-3 da dengue em Ijuí. Casos de chikungunya também foram confirmados em Salvador das Missões.
Em relação à dengue, há preocupação de autoridades da saúde com a circulação do sorotipo DENV-3 do vírus. Dos quatro sorotipos existentes do vírus da dengue, o Rio Grande do Sul costuma ter em circulação DENV-1 e DENV-2.
A introdução de um novo sorotipo no Estado traz a recomendação de maior vigilância e cuidados individuais.
“Uma pessoa que já foi infectada por algum sorotipo, ao contrair um diferente tem mais risco de ter complicações no quadro clínico”, destaca a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Porto Alegre, Evelise Tarouco.
Em Porto Alegre, há caso confirmado de chikungunya. Casos de dengue somam 3.277 até o dia 7 de abril. Na Capital circulam os sorotipos DENV-1, DENV-2 e DENV-3.
“Esse cenário epidemiológico também indica o uso de medidas de precaução individuais e atenção a sintomas compatíveis com as doenças”, recomenda a enfermeira Raquel Rosa, da vigilância epidemiológica de Porto Alegre.