
A cesta básica de Porto Alegre registrou alta de 2,85% em março, passando a custar R$ 791,64, apontou pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta segunda-feira. É o quarto maior valor entre as capitais, atrás de São Paulo (R$ 880,72), Rio de Janeiro (R$ 835,50) e Florianópolis (R$ 831,92). Dos 13 itens pesquisados, seis apresentaram aumento, com destaque para o tomate, batata e café, que com alta de 49,68%, 12,62% e 8,55%, respectivamente.
Com o resultado apresentado, a cesta acumula alta de 1,01% no primeiro trimestre do ano, com sete produtos mais caros: café (40,40%), tomate (27,17%), pão (2,21%), carne (2,16%), farinha de trigo (2,14%), leite (1,54%) e açúcar (0,87%). Em sentido oposto, seis itens ficaram mais baratos: batata (-42,33%), feijão (-8,86%), arroz (-6,70%), banana (-5,74%), manteiga (-1,01%) e óleo de soja (-0,20%).
No acumulado dos últimos 12 meses, a cesta registra variação de 1,83%.
A pesquisa também divulgou o tempo de trabalho necessário para quem recebe um salário mínimo conseguir para adquirir a cesta básica: 114 horas e 44 minutos. Em fevereiro de 2025, o tempo de trabalho necessário foi de 111 horas e 34 minutos e em março do ano passado de 121 horas e 08 minutos.
A pesquisa também apontou, que considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer em março de 2025, 56,38% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Já em fevereiro de 2025, o percentual foi de 54,82% e em março de 2024 de 59,52%.
Aumento em 14 capitais
A cesta básica aumentou em 14 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre fevereiro e março de 2025, as elevações mais importantes ocorreram nas capitais do Sul: Curitiba (3,61%), Florianópolis (3,00%) e Porto Alegre (2,85%).
Já as reduções foram observadas no Nordeste: Aracaju (-1,89%), Natal (-1,87%) e João Pessoa (-1,19%). São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 880,72), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 835,50), por Florianópolis (R$ 831,92) e Porto Alegre (R$ 791,64).
Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 569,48), João Pessoa (R$ 626,89), Recife (R$ 627,14) e Salvador (R$ 633,58).