Produção industrial se mantém estável e intenção de investir diminui no RS, aponta Fiergs

Sondagem da FIERGS mostra segundo mês consecutivo sem crescimento

Indústria. Foto: Agência Brasil/Arquivo

Mesmo com o mercado de trabalho aquecido, a produção industrial gaúcha se manteve estável na passagem de janeiro para fevereiro. É o que detecta a pesquisa Sondagem Industrial de março, divulgada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) e que ouviu 155 empresas, sendo 34 pequenas, 54 médias e 67 grandes. O índice de evolução da produção registrado no mês foi de 49,8 pontos, praticamente na marca de 50 que divide crescimento e queda em relação ao mês anterior. É o segundo resultado consecutivo de estabilidade da produção.

A indústria gaúcha operou com 70% de sua capacidade instalada (UCI) em fevereiro, uma redução de um ponto percentual na comparação com janeiro. Porém, o índice de UCI em relação ao usual continuou abaixo da linha divisória de 50, em 45,8 pontos, mostrando que a indústria considerou o nível inferior ao usual para o segundo mês do ano, ainda mais distante do observado em janeiro (48,8 pontos).

Interrompendo uma sequência de cinco meses de quedas, os estoques de produtos finais permaneceram estáveis em fevereiro, e abaixo, mas mais próximos do esperado pelas empresas, na comparação com janeiro.  O índice de evolução ficou em 49,9 pontos e o de estoques em relação ao planejado registrou 49 pontos (foi de 47,9 em janeiro). Os dois índices variam de zero a cem pontos, sendo que valores abaixo dos 50 indicam, respectivamente, queda em relação ao mês anterior e estoques menores do que o planejado para o mês.

Somente o mercado de trabalho do setor segue aquecido. O índice de evolução do número de empregados registrou 53,4 pontos. Acima dos 50, revela aumento do emprego em relação a janeiro. O resultado também ficou acima da média histórica do mês, de 51,3. Nos últimos oito meses, o emprego industrial caiu somente em dezembro de 2024. A pesquisa, realizada entre 6 e 17 de março, mostrou ainda, em linha com a redução do otimismo, que o Índice de Intenção de Investir do setor caiu de 61,5 pontos, em fevereiro, para 58,8, este mês. Mas continuou bem acima da média histórica de 51,8.