Incerteza Econômica segue moderadamente elevada

Indicador interrompe a sequência de quatro altas seguidas

Crédito: Freepik

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas manteve-se praticamente estável em março, ao subir apenas 0,1 ponto em relação a fevereiro, para 110,9 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o IIE-Br interrompe a sequência de quatro altas seguidas e recua 1,5 ponto, para 112,9 pontos.

“O IIE-Br ficou estável em março, sinalizando manutenção de nível moderadamente elevado de incerteza econômica no Brasil.  A estabilidade resultou da combinação de alta do componente de Mídia e queda do componente de Expectativas. O primeiro componente subiu no mês, motivado, principalmente, por incertezas associadas à condução da política econômica norte-americana. Já o componente de Expectativas recuou para o menor nível desde 2015, refletindo a menor dispersão das previsões do mercado para as taxas de juros e de câmbio nos próximos 12 meses”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

O componente de Mídia do IIE-Br subiu 1,2 ponto em março, para 114,8 pontos, contribuindo positivamente com 1,0 ponto para o índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, caiu 4,0 pontos no mês, para 90,8 pontos, retornando ao nível de abril do ano passado e menor nível desde fevereiro de 2015 (88,7 pts.) contribuindo de forma negativa com 0,9 ponto para o resultado do IIE-Br de março.