Após fechar 2024 muito próximo dos R$ 6 bilhões (R$ 5,97 milhões) em novos financiamentos, o maior volume já registrado desde sua fundação, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) superou a marca de R$ 21,5 bilhões no saldo de operações de crédito, com crescimento de 20,6% na comparação com o ano anterior. Com essa expansão de sua carteira, o ativo total do banco registrou um avanço ainda mais expressivo, de 21,3%, chegando a R$ 25,6 bilhões. Os números consolidam o BRDE como a segunda maior instituição de fomento do país – atrás apenas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – e a maior em termos de atuação regional.
Os resultados constam do balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira, 31, e indicam que o lucro líquido do banco fechou em R$ 472,5 milhões, representando uma redução de 8,6% em comparação com 2023. Mesmo assim, trata-se do segundo melhor resultado operacional da série histórica, impactando num crescimento de 9,6% no patrimônio líquido da instituição (R$ 4,96 bilhões), o que permite maior capacidade financeira para novas captações de recursos e novas linhas de crédito.
“Diante de um ano de enormes desafios – desde o esforço para viabilizar um volume tão expressivo em novos financiamentos até a urgência em apoiar os setores mais afetados pelos desastres meteorológicos –, os resultados são positivos em todos os aspectos. Acima de tudo, reforçam o nosso papel estratégico para o crescimento da economia em todo o Sul do Brasil”, destaca o diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior.
SETORES
Houve avanço no financiamento para os principais setores econômicos da região Sul, em especial para o agropecuário, com crescimento de 17,4% ao alcançar R$ 1,93 bilhão em novos contratos. Comércio e serviços ficaram num patamar muito próximo (R$ 1,91 bilhão, 6,5% maior que 2023) e a indústria teve um total de R$ 1,40 bilhão, subindo 15,5% na comparação com o ano anterior. Os investimentos em infraestrutura caíram 38,2%, ficando em R$ 709 milhões.
Se for considerada toda a cadeia do agronegócio – que abrange cooperativas de produção, produtores rurais de diferentes portes e agroindústrias – o BRDE destinou um total de R$ 2,8 bilhões em 2024. Com o apoio do banco, especificamente as cooperativas agroindustriais destinaram mais de R$ 1,1 bilhão em projetos de expansão e modernização de suas unidades.
Principal referência no financiamento ao ecossistema de inovação no Sul do país, o BRDE alcançou R$ 751,1 milhões em crédito para o setor. O banco lidera o ranking nacional em repasses de recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e o volume registrado no ano passado representou um crescimento de 12,5%. Os financiamentos em inovação tiveram uma subida significativa desde a pandemia: em 2021, o volume de crédito para o setor fora de apenas R$ 37 milhões.
Com mais de 42 mil clientes, o BRDE está presente em 96,4% dos municípios do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná (são 1.148 municípios com projetos apoiados). Além de ser o segundo maior banco de fomento do país, o ranking do Banco Central classifica o BRDE entre as 30 maiores instituições financeiras do Brasil, considerando a carteira de crédito entre todos os bancos públicos e privados.