O rendimento médio real habitual dos trabalhadores chegou a R$ 3.378 no trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2024, com a alta de 1,3% no trimestre e de 3,6% no ano, já descontados os efeitos da inflação nesses períodos. Esse valor foi o mais elevado da série da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O aumento na comparação trimestral foi puxado pelas altas no rendimento nos grupamentos da Indústria (2,8%, ou mais R$ 89) Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,1%, ou mais R$ 139) e Serviços domésticos (2,3%, ou mais R$ 29).
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, observa que “a alta do rendimento no trimestre está relacionada à redução do contingente de trabalhadores informais em certos seguimentos das atividades econômicas, crescendo, portanto, a proporção de ocupações formais com maiores rendimentos”.
Na comparação anual, houve aumento em duas categorias: Construção (5,4%, ou mais R$ 135) e Serviços domésticos (3,1%, ou mais R$ 39). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa. Apesar da redução no número de pessoas ocupadas do país, a massa de rendimento real habitual (R$ 342,0 bilhões) foi novo recorde da série histórica, mantendo estabilidade no trimestre e crescendo 6,2% (mais R$ 20,0 bilhões) no ano.