Indústria do RS vê ambiente de negócios desfavorável, diz Fiergs

Indicador setorial fechou o primeiro trimestre com pessimismo

Indústria. Foto: Agência Brasil / CP Memória

A indústria gaúcha fecha o primeiro trimestre de 2025 com sentimento de pessimismo, revela o Índice de Confiança do Empresário Industrial do Rio Grande do Sul (ICEI-RS), divulgado nessa quinta-feira (27) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). O ICEI-RS caiu 1,1 ponto em março, e chegou a 47,4 – contra 48,5 de fevereiro –, o quarto mês consecutivo com falta de confiança.

“Os resultados mostram que o setor industrial gaúcho continua enfrentando um ambiente de negócios bastante desfavorável. As avaliações negativas do cenário econômico atual e sobre o futuro refletem a incerteza provocada pela inflação persistente e o aumento das taxas de juros”, diz o presidente da FIERGS, Claudio Bier. Nesse contexto, segundo Bier, a falta de confiança limita a perspectiva de melhora da atividade industrial gaúcha nos próximos meses.

O ICEI-RS é composto por dois índices, o de Condições Atuais – em relação aos últimos seis meses – e o de Expectativas – em relação ao semestre seguinte. Medem a percepção dos empresários sobre a economia brasileira e a empresa. Ambos caíram em março, o de Condições Atuais para 43,5 pontos (foi de 44,9 em fevereiro) e o de Expectativas para 49,3 (50,3 no mês passado). Abaixo dos 50 pontos, indicam pessimismo.

A percepção de piora permanece intensa com relação à economia brasileira, cujo índice caiu, em março, para 35,5, recuo de 1,1 ponto ante fevereiro. No terceiro mês do ano, as avaliações negativas predominam entre eles: 53,5% ante 3,2% que percebem melhora. O Índice de Condições Atuais das Empresas também recuou de 49 para 47,4 pontos no período.

EXPECTATIVAS

Para os próximos seis meses, o índice de Expectativas da Economia Brasileira ficou em 40,4, aumento de 0,7 ponto ante fevereiro. Já o Índice de Expectativas das Próprias Empresas mostrou a maior queda do mês, -1,9 ponto ante fevereiro. Apesar disso, continua a exibir o melhor resultado, 53,7, entre todos os componentes da pesquisa. É o único a demonstrar otimismo. O levantamento foi realizado com 155 empresas, sendo 34 pequenas, 54 médias e 67 grandes, entre o período de 6 e 17 de março.