A readequação do corredor humanitário no Centro Histórico de Porto Alegre será objeto de uma licitação a ser publicada já nos próximos dias, de acordo com o secretário municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), André Flores. De acordo com ele, o texto pronto do futuro edital foi concluído e chegou na última sexta-feira à Diretoria de Licitações e Contratos da Prefeitura, depois de mudanças apontadas em tabelas de valores de referência do orçamento. Ainda conforme Flores, o valor previsto é de R$ 1,4 milhão.
“São questões mais técnicas, não houve nada de alterações no projeto em si”, comentou Flores, acrescentando que ao assunto será dada ampla publicidade. Ou seja, as novas sinalizações, regularização da drenagem, modificação das paradas de ônibus, gabiões para as pedras laterais e barreiras tipo New Jersey seguirão. Entre a publicação e a assinatura do contrato, o prazo legal é de 35 dias, e para a realização da obra, é estimado em sete meses.
No final de janeiro, a Smoi havia dito que não havia prazo para a publicação do edital. Construído de forma emergencial para proporcionar o trânsito entre a avenida Castelo Branco e o Túnel da Conceição, ligando esta primeira às avenidas Osvaldo Aranha e Protásio Alves, entre outras vias da Capital, durante as enchentes de maio de 2024, o corredor acabou se tornando permanente.
No entanto, houve reclamações quanto a falta de segurança no trânsito, na esteira de quedas de veículos da barreira, por onde passam milhares de automóveis por dia. As enormes pedras soltas na lateral também preocupam motoristas até os dias de hoje. Há consenso de que as modificações não ferem o Plano Diretor, nem precisam passar pelo Legislativo, segundo parlamentares previamente ouvidos da Comissão de Urbanização, Transportes e Circulação (Cuthab) da Câmara Municipal.
Já a passarela que dá acesso à Estação Rodoviária, parcialmente demolida e hoje sem qualquer utilidade, pois inicia na altura da Estação Rodoviária e não há local de término, de acordo com a Smoi era inadequada do ponto de vista da acessibilidade. Segundo Flores, este projeto é “mais complexo” devido aos cálculos estruturais e de peso suportável que precisaram ser refeitos.