Governo do RS lança projetos de inclusão social voltados para população de baixa renda

Com investimento de R$6,57 milhões, um dos projetos oferecerá cursos profissionalizantes para 2,2 mil pessoas em 31 municípios do estado

Foto: Pedro Piegas / Correio do Povo

O governo do Estado assinou, nesta segunda-feira, no Palácio Piratini, um termo de cooperação para a execução de projetos de inclusão socioprodutiva voltados à superação da pobreza. Participaram do ato, o governador Eduardo Leite, o vice-governador Gabriel Souza e o secretário de Desenvolvimento Social (Sedes), Beto Fantinel, além do diretor presidente da Rio Grande Energia (RGE), Ricardo Darlan, e do presidente da Central Única das Favelas (CUFA-RS), Júnior Torres.

Na ocasião, foram lançados o programa Emancipa Família Gaúcha, voltado à capacitação profissional de 2,2 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social e o Diagnóstico de Inclusão Socioprodutiva Gaúcho, projeto de pesquisa que mapeará as condições financeiras e os dados econômicos e profissionais de famílias em vulnerabilidade social.

A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro. Os projetos terão investimentos da empresa Rio Grande Energia (RGE), por meio do Grupo CPFL Energia, do qual faz parte, e contarão com o apoio da CUFA-RS na realização. O Emancipa Família Gaúcha terá um investimento de R$6,57 milhões, enquanto o Diagnóstico de Inclusão Socioprodutiva terá um aporte de R$1,4 milhão.

“Olhamos obviamente para infraestrutura e para os serviços mais demandados pela sociedade, como saúde e educação, mas é importante cuidar para que o desenvolvimento seja para todos. No final das contas é sempre sobre gente, cuidar das pessoas. No nosso plano de desenvolvimento econômico, fizemos questão de deixar claro: inclusivo e sustentável. Pelas deficiências existentes na rede pública de ensino, que estamos nos esforçando para superar, muitas pessoas acabam ficando de fora (do mercado de trabalho). O estado não deve ficar alheio a isso. Este é apenas um exemplo, existem vários outros projetos e programas que estamos desenvolvendo, como a qualificação dos nossos centros de assistência social e o Programa Mãe Gaúcha”, ressaltou o governador Eduardo Leite.

“Estivemos atuando nas enchentes com muitos municípios, nesse projeto (Emancipa Família Gaúcha) não vai ser diferente, nós fomos construindo junto com as equipes técnicas do Estado. É importante destacar que teremos uma central que ficará em contato com as famílias durante esses 12 meses”, complementou o presidente da Central Única das Favelas (CUFA-RS), Júnior Torres.

Emancipa Família Gaúcha

Com inscrições abertas no site do governo do Estado, o projeto terá duração de 12 meses e oferecerá 7 opções de cursos profissionalizantes para pessoas em vulnerabilidade social, cadastradas no CadÚnico. O projeto abrangerá 31 municípios do estado e ofertará 2.200 vagas. Durante o programa, os estudantes terão ajuda de custos de R$ 200, além de alimentação e lanches no local do curso.

Para obter mais informações sobre inscrições e municípios contemplados, os interessados podem entrar em contato com as respectivas prefeituras de suas cidades.

Os cursos disponibilizados serão: Eletricista; Manutenção de obras; Gastronomia; Auxiliar administrativo; Informática básica; Manicure e pedicure e Barbeiro. De acordo com o secretário Beto Fantinel, cada prefeitura terá a possibilidade de acrescentar um curso a mais na lista conforme as demandas específicas da região.

Ao final da capacitação, cada profissional receberá um Kit de ferramentas essenciais, no valor de até R$1.500, para iniciar a jornada como empreendedor ou buscar uma colocação no mercado de trabalho. O kit será personalizado de acordo com cada curso.

“Temos indicadores positivos em comparação a outros estados, mas ainda temos insegurança alimentar. Temos um estado que gera oportunidade, mas por vezes não conseguimos conectar com pessoas que buscam ser incluídas. O Emancipa Família Gaúcha será um marco na história do RS. Vai ser uma virada de página na vida de mais de 2 mil pessoas no estado”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Social (Sedes), Beto Fantinel.

Diagnóstico de Inclusão Socioprodutiva

A meta do projeto é aplicar 10.358 questionários com famílias residentes no Rio Grande do Sul, abrangendo pelo menos 133 municípios mapeados pelo governo. A pesquisa será realizada com apoio do Departamento de Economia e Estatística (DEE/SPGG), ligado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do RS.

O objetivo do levantamento é formar uma base de dados que identifique áreas vulneráveis e demandas regionais, para posterior elaboração de políticas públicas e de um Plano Estadual de Inclusão Socioprodutiva para Superação da Pobreza.

“Nosso Departamento de Economia e Estatística sempre foi para nós um esteio que sustentou todos os programas do governo, desde a pandemia até as enchentes. Precisa ter a política pública mais precisa porque os recursos são escassos e temos que chegar em quem mais precisa, a partir dos levantamentos que nos ajudam a focalizar as políticas públicas de assistência social. É assim que esse governo atua”, destacou o governador Eduardo Leite.