Por unanimidade, o diretório nacional do Cidadania aprovou, neste domingo (16), o fim da federação com o PSDB. A ação referenda a decisão da executiva da legenda de não dar continuidade a federação, que vigora desde 2022.
“A federação é passado; vamos em frente, retomando o protagonismo de nossa identidade, que deve apontar para onde o Cidadania pretende caminhar”, disse o presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt.
A legenda alegou que a federação gerou desvantagens ao Cidadania, a exemplo da diminuição da representação nas prefeituras, câmaras municipais e estaduais. Além disso, teria uma diminuição no número de cadeiras no Congresso Nacional.
O partido ainda informou que membros da legenda nos estados citaram uma “convivência difícil e desvantajosa” para o Cidadania. Agora a ideia é recuperar a identidade e definir novos rumos para as eleições de 2026.
Bittencourt ressaltou que a legenda ainda não sabe se vai disputar as eleições de 2026 sozinha ou em outra federação. Ele disse que é preciso ter “sabedoria, tranquilidade e equilíbrio para chegarmos à maturidade, entre nós, do que devemos fazer com vistas às eleições de 2026, decidir se vamos disputar sozinhos ou se nos federamos com outros partidos do campo democrático”.
Para ele, primeiro é necessário o partido se fortalecer, investir na vida orgânica nos estados, debater, “com nossas diferenças, mas com respeito e companheirismo”. Agora o Cidadania precisa esperar até 2026 para oficializar a separação com o PSDB, pois a lei eleitoral determina que a federação deve valer, ao menos, por quatro anos.