
O futuro do meio ambiente do Rio Grande do Sul está em construção. Isso porque foi aberta oficialmente na manhã desta terça-feira a 5ª Conferência Estadual do Meio Ambiente, que acontece até amanhã na Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), em Porto Alegre. O encontro conta com a participação de delegados municipais e autoridades no assunto, que realizarão discussões de projetos, principalmente relacionados com a mitigação e preparação para desastres.
Na abertura da conferência, a secretária estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, reforçou que a pauta ambiental não é isolada e precisa ser vista e conectada com as demais ações governamentais. Ela também apontou um amadurecimento da sociedade em entender a necessidade de pensar o futuro do RS levando em consideração as mudanças climáticas.
“Trabalhamos para dar voz aos encontros que foram feitos em cada região do RS. O Estado terá este espaço importante não como um exemplo de enchente, mas como exemplo de resiliência. A ciência já disse que nós estamos em uma área onde os efeitos das mudanças climáticas atuam com maior severidade. Mas nós não queremos sair daqui, nós queremos permanecer aqui”, afirmou.
O vice-presidente da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), Moisés Pedone, destacou que esta é a Conferência Estadual de Meio Ambiente mais importante da atual geração, que servirá para buscar soluções e fazer correções nas políticas públicas. “Por isso que o auditório está repleto de representações que aceitaram este desafio de debater este tema tão importante. Precisamos sim fazer esta organização para sermos, de fato resilientes”, completou.
Sema anuncia R$ 6,2 milhões em reposição florestal
Ao final da abertura, a secretária Marjorie Kauffmann anunciou o lançamento de quatro projetos de Reposição Florestal Obrigatória (RFO), com um investimento total de R$ 6.201.245,60. Os projetos são financiados pelo Grupo CPFL para promover a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da agricultura e pecuária familiar no RS, contado com a parceria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS).
“Entendemos que a assinatura desses projetos nos permitirá trabalhar em casas de famílias rurais a questão da conservação nos núcleos do RS. Esse tipo de construção, com certeza, mostra o que é a estratégia do governo. Mostra também que a nossa política ambiental não é separada de outras políticas. Queremos ser um exemplo de adaptação”, finalizou.