Ao tomar posse na Saúde, Padilha fala em compromisso para reduzir filas: ‘Obsessão’

Novo ministro assume no lugar de Nísia Trindade; programa para ampliar acesso a especialistas foi lançado por ex-ministra

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, garantiu nesta segunda-feira (10) que terá como compromisso à frente da pasta reduzir as filas de espera por atendimento especializado no SUS (Sistema Único de Saúde). Até a cerimônia de posse nesta segunda, Padilha estava à frente da Secretaria de Relações Institucionais desde o início deste mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi escolhido pelo presidente para assumir o lugar de Nísia Trindade no Ministério da Saúde, demitida pelo petista em 25 de fevereiro.

“Chego com uma obsessão: reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no nosso país. Todos os dias vou trabalhar para buscar o maior acesso e o menor tempo de espera. Não há solução mágica para um gargalo que ultrapassa décadas e se agravou com a pandemia [de Covid]”, afirmou Padilha.

O programa Mais Acesso a Especialistas, lançado em abril do ano passado, foi elaborado pela gestão de Nísia. A medida foca em especialidades que, historicamente, têm pouca oferta no sistema de saúde, como oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. O objetivo é diminuir a burocracia e reduzir o tempo de diagnósticos e tratamentos.

A iniciativa foi organizada pelo governo federal, responsável pelos recursos, mas a implementação fica a cargo dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. O Ministério da Saúde calcula que 8,8 milhões de pessoas podem ser beneficiadas. O encaminhamento dos pacientes é feito pelas equipes de Atenção Primária.

Para este ano, o Executivo vai investir R$ 2,4 bilhões em especialistas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. Até o ano que vem, a meta do governo federal é oferecer 1 milhão de cirurgias anualmente, com R$ 1,2 bilhão.
Segundo o Executivo, todas as 27 unidades federativas e 97,9% dos municípios adeririam ao Mais Acesso a Especialistas.