O Indicador de Incerteza da Economia (IIEBr) da Fundação Getulio Vargas recuou 6,1 pontos em fevereiro, atingindo 110,8 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, o IIE-Br manteve a tendência de alta ao subir 0,2 ponto, alcançando 114,4 pontos. O Indicador de Incerteza Econômica acomodou as altas registradas nos três meses anteriores, e retorna à faixa dos 110 pontos. O resutado foi divulgado nesta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FG\Ibre).
“Durante fevereiro, o peso das incertezas externas foi atenuando, à medida em que o governo Trump adotava menos medidas extremas no terreno comercial do que se previa. No front doméstico, o tema fiscal perdeu destaque no noticiário após a definição do orçamento para 2025 e os ajustes de expectativas com o pacote de cortes anunciado no final de 2024. Além disso, parece haver uma maior convergência dos rumos da inflação e taxa de juros para o ano, quadro que impulsionou a queda do componente de Expectativas, que mede as dispersões das previsões para as variáveis macroeconômicas 12 meses à frente. Apesar do recuo no mês, o IIE-Br continua em nível de incerteza moderadamente elevada”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
O componente de Mídia do IIE-Br caiu 3,1 pontos em fevereiro, para 113,6 pontos, contribuindo positivamente com 2,7 pontos para a queda do índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, caiu 15,8 pontos no mês, para 94,8 pontos, menor nível desde abril do ano passado (90,8 pts.) contribuindo de forma negativa com 3,4 pontos para o resultado do IIE-Br de fevereiro.