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Interessados em negociar dívidas têm uma grande oportunidade para quitar os débitos com até noventa e nove por cento de desconto, até o dia trinta e de março. Trata-se do Mutirão Nacional de Negociação e Orientação Financeira, realizado pela Serasa, em parceria com Febraban e mais de mil e quatrocentas empresas. No Rio Grande do Sul, a iniciativa ainda conta com mais de oitocentas agências dos Correios, com equipes aptas para prestar auxílio à população, sem nenhuma cobrança de taxa. Também é possível negociar diretamente com os bancos e instituições financeiras, e ainda pelo site da Serasa, pelo canal Feirão Serasa Limpa Nome, que disponibiliza de atendimento online.
Conforme o especialista em Finanças Pessoais da Serasa, Thiago Ramos, o Feirão oferece a possibilidade de parcelamento e também pagamento via Pix, opção que resulta na retirada imediata do nome do consumidor do sistema de débito. Ramos destacou que a ação é destinada às pessoas com dívidas em atraso no cartão de crédito, cheque especial, empréstimo pessoal, crédito consignado e demais modalidades de crédito contratadas em bancos e financeiras, desde que não possuam bens dados em garantia e não estejam prescritas.
De acordo com o especialista, 40,87% da população gaúcha adulta está inadimplente, com 34% na faixa etária entre quarenta e um e sessenta anos. Cada endividado no Estado tem, em média, quatro dívidas. Ramos argumentou ainda sobre os impactos das dívidas na vida dos consumidores.
Segundo pesquisa da Serasa, entre os fatores que contribuíram para o acúmulo de dívidas dos consumidores no Rio Grande do Sul, estão gastos inesperados, com 22%, seguido pelo desemprego, com 18%. Compras de supermercado, principalmente de alimentos, aparecem como os principais gastos no cartão de crédito, representando 57% do total. O levantamento também revelou que 38% já contrataram empréstimo para pagar contas básicas, entre elas, água, luz e gás.
No Brasil, pela primeira vez na história, mais de 74 milhões de pessoas estão com o nome negativado. O Amapá é o Estado com o maior índice, com 61% da população adulta endividada.