A partir de março entra em funcionamento um aplicativo que promete revolucionar o monitoramento eletrônico em Porto Alegre. Trata-se do Hórus NG, desenvolvido pela Procempa, que começará a ser testado pela Brigada Militar. A ferramenta, baseada em inteligência artificial para identificação e análise de placas, amplia o Cercamento Eletrônico na Capital, que conta atualmente com 450 câmeras fixas espalhadas pela cidade.
A diretora técnica da Procempa, destaca que a novidade é um avanço nas estratégias de combate ao crime. Débora Roesler explica que o celular dos policiais será uma ferramenta a mais para surpreender possíveis infratores e tornar as operações de segurança mais eficazes para a população.
“O aplicativo Horos permite que qualquer agente utilize o seu celular, onde o aplicativo está baixado. A câmera do celular funciona como uma câmera móvel, agregando então a esse cercamento. O agente pode identificar, vai ficar lendo as placas dos veículos e o aplicativo classifica o tipo de situação de regularidade que o veículo tem. Após, ele contata direto com a base do Detran e consegue verificar se tem uma regularidade ou não naquele veículo”, salientou a diretora.
O treinamento para utilização do Hórus foi realizado em 13 de fevereiro, no Centro Integrado de Operações e Emergências da Brigada Militar (Copom). Na ocasião, o aplicativo foi apresentado a 15 oficiais e dúvidas foram esclarecidas quanto ao funcionamento.
De acordo com a Procempa, o Hórus NG transforma a câmera do celular em um dispositivo de monitoramento capaz de identificar, em tempo real, veículos roubados, furtados, clonados ou em situação irregular. Débora Roesler explica que o aplicativo classifica os alertas por cores aos policiais.
“Essa foi uma grande evolução nesse aplicativo. Ele classifica irregularidade em vermelho, amarelo ou verde. Vermelho é quando tem uma situação como um veículo roubado ou furtado. O amarelo é uma situação administrativa. O verde, no caso está o veículo. Quando necessário, inclusive o próprio agente pode mandar mensagem para outros agentes para auxiliar nas buscas e surpreender no caso o veículo”, acrescentou.
Em um primeiro momento o Horus vai começar em caráter experimental, mas Débora Roesler acrescentou que a plataforma deve permanecer em definitivo na cidade. Ela acredita ainda que o app deve ser expandido para cidades menores, àquelas que não têm orçamento suficiente para implantar sistema de monitoramento por câmeras fixas.
