As empresas captaram 13,2 bilhões com as debêntures incentivadas pela Lei 12.431 em janeiro, o melhor resultado para o mês na série histórica, iniciada em 2012. O volume representa um salto de 397,4% em relação ao contabilizado no mesmo intervalo do ano passado.
“Após um ano com resultados recordes, 2025 começou em um ritmo forte. Isso evidencia a trajetória de crescimento sustentável do instrumento e o custo de oportunidade dos papéis de renda fixa em um cenário de juros em um patamar elevado”, afirma Cristiano Cury, coordenador da Comissão de Renda Fixa da ANBIMA.
DEBÊNTURES EM GERAL
Na análise por setores, o de transportes e logística lidera, concentrando 42,2% das ofertas encerradas em janeiro, seguido por energia elétrica (21,7%), TI e telecomunicações (10,7%), saneamento (9,5%) e bioenergia (8,4%). O prazo médio dos papéis alcançou 17,7 anos, o patamar mais alto dos últimos 19 meses, muito acima da média de 10,6 anos observada nas debêntures em geral (com e sem benefício fiscal) no mesmo período. No mercado secundário, as negociações de debêntures incentivadas alcançaram R$ 25,6 bilhões, com um crescimento de 59,4% na comparação com janeiro do ano passado.
As ofertas de debêntures com e sem incentivo fiscal somaram R$ 28,5 bilhões, também o patamar mais alto para meses de janeiro na série histórica, com uma expansão de 243,5% na comparação anual e com os recursos sendo destinados principalmente para investimentos em infraestrutura (45,0%). No mercado secundário, as negociações totalizaram R$ 65,1 bilhões, com aumento de 46,7% ante o mesmo período do ano passado.