A taxa anual de desocupação do país (6,6%) recuou 1,2 ponto percentual frente ao resultado de 2023 (7,8%). A tendência de queda em 2024 foi acompanhada por todas as regiões do país e pela maioria (22) das unidades da federação. No Rio Grande do Sul o indicador chegou a 4,5% no quarto trimestre de 2024 e 5,2% no acumulado do ano passado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE).
As maiores taxas foram registradas na Bahia (10,8%), Pernambuco (10,8%) e Distrito Federal (9,6%). Já as menores ficaram com Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%). Quatorze unidades da federação atingiram a menor taxa anual de desocupação de sua série histórica na pesquisa. Foram elas: Rio Grande do Norte (8,5%), Amazonas (8,4%), Amapá (8,3%), Alagoas (7,6%), Maranhão (7,1%), Ceará (7,0%), Acre (6,4%), São Paulo (6,2%), Tocantins (5,5%), Minas Gerais (5,0%), Espírito Santo (3,9%), Mato Grosso do Sul (3,9%), Santa Catarina (2,9%) e Mato Grosso (2,6%).
“Os resultados da queda da taxa de desocupação nos estados refletem a diversificação da expansão da ocupação ocorrida em diversas atividades econômicas, como comércio, indústria, transporte e logística e construção ao longo de 2024”, destaca a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy. A taxa média anual de subutilização para o Brasil ficou em 16,2%. O Piauí (32,7%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (28,9%) e Alagoas (26,4%), enquanto as menores taxas anuais foram de Santa Catarina (5,5%), Rondônia (7,0%) e Mato Grosso (7,7%).
Já taxa média anual de informalidade para o país foi de 39,0% da população ocupada. As maiores médias anuais ficaram com Pará (58,1%), Piauí, (56,6%) e Maranhão (55,3%) e as menores, com Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,6%) e São Paulo (31,1%).
A média anual do rendimento real habitual de todos os trabalhos chegou a R$ 3.225. As maiores médias foram do Distrito Federal (R$ 5.043), São Paulo (R$ 3.907) e Paraná (R$ 3.758). As menores médias foram de Maranhão (R$ 2.049), Ceará (R$ 2.071) e Bahia (R$ 2.165).
QUARTO TRIMESTRE
A estabilidade da taxa de desocupação do país, que variou de 6,4% no terceiro trimestre de 2024 para 6,2% no quarto, foi acompanhada por quatro das cinco regiões do país, sendo que apenas a Região Sul, com redução de 4,1% para 3,6%, teve queda estatisticamente significante. A Região Nordeste permaneceu registrando a maior taxa de desocupação entre as regiões (8,6%).
O cenário de estabilidade da taxa de desocupação no quatro trimestre foi acompanhado por 24 das 27 unidades da federação. Os três estados que apresentaram quedas foram Rio Grande do Sul, reduzindo de 5,1% para 4,5%; Minas Gerais, recuando de 5,0% para 4,3%, e Paraná, passando de 4,0% para 3,3%.
No quarto trimestre de 2024, as maiores taxas de desocupação foram registradas em Pernambuco (10,2%), Bahia (9,9%) e Distrito Federal (9,1%), o último sendo, em conjunto com o Rio de Janeiro (8,2%), os únicos estados fora das regiões Norte e Nordeste na lista de 16 unidades da federação com taxas de desocupação maiores que a média nacional no trimestre (6,2%). As menores taxas estavam em Mato Grosso (2,5%), Santa Catarina (2,7%) e Rondônia (2,8%).
A taxa de informalidade (38,6%) foi mais intensa nos estados das regiões Norte e Nordeste. Entre as unidades da federação, a maior taxa de informalidade foi registrada no Pará (57,6%). Outros estados com taxas acima de 50% foram Maranhão (56,8%), Piauí (54,9%), Ceará (53,3%), Amazonas (52,1%), Bahia (51,2%) e Paraíba (50,1%). Por outro lado, Santa Catarina (25,6%), Distrito Federal (29,0%) e São Paulo (30,3%) registraram os menores índices de informalidade no país.
No quarto trimestre, 73,4% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As Regiões Norte (60,3%) e Nordeste (58,1%) apresentaram as menores estimativas desse indicador. Entre as unidades da federação, as maiores taxas foram registradas em Santa Catarina (87,9%), São Paulo (81,2%) e Rio Grande do Sul (79,9%). Já Piauí (50,9%), Maranhão (52,3%) e Pará (54,4%) foram os estados com menor parcela de empregados com carteira assinada.