Rio Gravataí atinge sexto dia seguido de nível crítico na Região Metropolitana em razão da estiagem

Já no Rio dos Sinos, captação para áreas que não sejam de abastecimento humano está suspensa há cinco dias

Situação da estiagem no Rio Gravataí, no Balneário Passo das Canoas | Foto: Pedro Piegas

Por mais um dia, a falta de chuvas causa redução no nível dos principais rios da Região Metropolitana nesta segunda-feira, ocasionando transtornos à população e suspendendo a captação de água no Sinos e Gravataí para atividades que não sejam o abastecimento humano. No Passo das Canoas, popular balneário no município de Gravataí, a medição da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) alcançou 1,13 metro, enquanto foi de apenas 50 centímetros na Estação de Tratamento de Água (ETA) da Corsan no Passo dos Negros, em Gravataí, e ainda 1,18 metro na ETA Alvorada, fazendo com que a condição do Rio Gravataí estivesse crítica pelo sexto dia consecutivo.

A família do pescador Gilberto Medeiros, moradora de Alvorada, estava no Passo das Canoas na manhã desta segunda para aproveitar o local sem a lotação máxima de pessoas vista no último final de semana de calorão. “Dá para pegar algum peixe aqui ainda”, comentou ele, enquanto capturava no anzol um bagre, logo antes de soltá-lo novamente na água barrenta. O aposentado José Mendes, primo de Gilberto, estava em uma sombra com sua esposa, Cleci dos Santos, e a também parente Neusa da Rosa, dona de casa e mãe de Gilberto.

“O rio está muito baixo, e isso é ruim porque dependemos desta água para viver”, afirmou Mendes. “Para a situação normalizar aqui precisa chover muito bem uns cinco dias seguidos. Aqui se pegam peixes de até dez a doze quilos. Ainda assim, é melhor estar por aqui do que em casa. Tem boas sombras e na segunda-feira não tem movimento nenhum”, acrescentou. A família se preparava para assar um churrasco mais tarde no balneário.

Já no rio dos Sinos, outro monitorado em razão da estiagem pela Sema, houve aumento no nível em Campo Bom, para 1,11 metro, e manutenção na marca de 1,40 metro em São Leopoldo, mas nada suficiente para retirar a condição de alerta pelo quinto dia seguido. No Guaíba, o nível desabou novamente para 1,30 metro na manhã desta segunda na estação da Usina do Gasômetro, no Centro Histórico de Porto Alegre, depois de ter elevado para 1,53 metro na noite do último domingo.

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