Os olhos do mercado financeiro se voltam para a última quarta-feira de janeiro, marcada pela chamada Super Quarta de 2025. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão sobre a nova taxa básica de juros (Selic). A expectativa é de uma elevação de 1 ponto percentual, levando a Selic para 13,25% ao ano, e as explicações que farão parte do comunicado após o encontro.
Se confirmado o aumento, será o patamar mais elevado desde meados de 2006, no fim do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ou seja, em 19 anos. No Relatório Focus, com avaliação de analistas do mercado financeiro e divulgado nesta segunda-feira, a expectativa para 2025 da taxa de juros permaneceu em 15%.— o maior patamar desde setembro de 2023.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o mercado segue dividido: enquanto alguns apostam na manutenção das taxas de juros no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano, outros consideram possível uma alta de 0,25 ponto percentual, caso o banco central sinalize preocupações com a economia norte-americana. O fato é que o presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, Jerome Powell, vem sendo pressionado pelo presidente eleito Donald Trump a baixar a taxa de juros por lá.
COMBUSTÍVEIS
A decisão do Banco Central brasileiro é motivada pela inflação acima da meta, impulsionada por incertezas fiscais, valorização do câmbio e alta dos preços, principalmente nos combustíveis. A Petrobras deverá reajustar o preço do diesel nos próximos dias. A informação foi dada por Magda Chambriard, diretora da Petrobras, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião no Palácio do Planalto.
Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o diesel é comercializado com defasagem média de R$ 0,65 no litro, um valor 19% inferior aos valores praticados no exterior. Este percentual é de 8%, o equivalente a R$ 0,23, no caso da gasolina, não considerando o aumento de R$ 0,10 que passa a vigorar a partir do dia 1º de fevereiro por conta do aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual sobre os combustíveis acertado no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) foi tomada em outubro do ano passado. O reajuste também vai impactar o diesel em R$ 0,06.
Não está prevista mudança na tributação do etanol e o GLP ou gás de cozinha. O último aumento de preços anunciado pela estatal foi em julho do ano passado.