Incêndio na Pousada Garoa: MPRS pede mais diligências à Polícia Civil

As deliberações servirão para que se possa concluir se há ou não responsabilidade e se há delito culposo ou doloso

Foto: Fabiano do Amaral/Correio do Povo

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) pediu que a Polícia Civil realize, no prazo de 120 dias, novas diligências no âmbito do inquérito que apurou o incêndio ocorrido na Pousada Garoa, em Porto Alegre, que resultou na morte de 11 pessoas. A tragédia ocorreu no dia 26 de abril do ano passado em hospedaria destinada a pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Conforme a Promotoria de Justiça Criminal de Porto Alegre, as diligências servirão para que se possa concluir se há ou não responsabilidade e se há delito culposo ou doloso, já que o MP ainda não tem posição sobre o enquadramento penal.

A Polícia Civil havia concluído o inquérito em dezembro. Foram indiciadas três pessoas por incêndio culposo com resultado morte: o proprietário da pousada e dois servidores da Prefeitura de Porto Alegre (o presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC) e a fiscal do contrato da pousada junto à Prefeitura).

O incêndio ocorreu em uma das unidades da Pousada Garoa localizada na Avenida Farrapos, na região central de Porto Alegre. O prédio fica entre as ruas Barros Cassal e Garibaldi, a poucos metros da Estação Rodoviária. Além dos 11 mortos, outras 14 pessoas ficaram feridas. Na data da tragédia, havia 32 ocupantes no estabelecimento, que estavam no local por meio de contrato entre a pousada e a FASC.