O voo 6160 da Global Crossing Airlines, que traz 88 brasileiros deportados dos Estados Unidos, pousou na tarde desta sexta-feira (24) no Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus (AM). A aeronave teve que passar por manutenção e, por isso, não há previsão do horário de partida para Belo Horizonte (MG), destino final da viagem. A informação é da assessoria de imprensa do Aeroporto de Confins (MG).
O avião saiu de Alexandria, no estado americano da Virgínia, e fez escala no Panamá antes de seguir para Manaus.
De acordo com o Itamaraty, este é o segundo voo trazendo deportados dos EUA em 2025 e não tem relação com as medidas anti-imigração do presidente norte-americano, Donald Trump.
O outro avião trouxe brasileiros deportados em 10 de janeiro, ainda no governo do ex-presidente americano Joe Biden. Brasil e EUA mantêm acordo de deportação desde 2017. Outras aeronaves norte-americanas pousaram com brasileiros deportados em novembro e dezembro de 2024.
Ainda não é possível saber quando os primeiros brasileiros atingidos pelas medidas anti-imigração de Trump chegam ao Brasil. O Ministério das Relações Exteriores não tem informações de um eventual próximo voo, porque os EUA divulgam as decolagens com poucos dias de antecedência.
Em território nacional, os deportados são auxiliados pela Polícia Federal. Procurada, a PF não retornou os questionamentos do R7.
O vice-presidente Geraldo Alckmin declarou nesta sexta-feira que o governo federal “dará todo apoio” aos brasileiros deportados.
Medidas de Trump
O novo presidente dos EUA declarou, horas após tomar posse, que a América do Sul “precisa” dos Estados Unidos. “A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles, eles precisam de nós. Todos precisam de nós”, afirmou.
Na quarta-feira (22), Trump assinou uma ordem executiva que suspende a entrada de imigrantes ilegais pela fronteira sul, limite dos Estados Unidos com o México — uma promessa de campanha do republicano.
Em nota divulgada pela Casa Branca, Trump justifica o ato como forma de “proteger” os EUA e a população norte-americana de “invasões”.