Governo afirma que 1,3 milhão de famílias deixou o programa Bolsa Família em 2024

Outros 2,2 milhões de conjuntos familiares beneficiados passaram a integrar a Regra de Proteção

Foto: Lyon Santos/ MDS/Arquivo

O Ministério do Desenvolvimento Social divulgou que, em 2024, 1,3 milhão de famílias superou a renda de meio salário mínimo per capita e deixou o Bolsa Família. Além disso, outros 2,2 milhões de conjuntos familiares beneficiados passaram a integrar a Regra de Proteção no último ano. Esse dispositivo permite que os beneficiários formalizem vínculos empregatícios ou iniciem seus próprios empreendimentos, alcançando uma renda per capita entre R$ 218 e R$ 759 (meio salário mínimo), sem perder o benefício de forma imediata.

“Isso demonstra que o Bolsa Família vai além da assistência imediata, funcionando como uma ferramenta de transformação social, que possibilita a milhões de famílias aumentarem sua renda e conquistarem uma vida mais digna e independente”, destacou Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Segundo o ministério, o número se deve ao “crescimento econômico e valorização do salário-mínimo, além de iniciativas de apoio ao emprego e ao empreendedorismo.”

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por Brasília

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostrou que, entre 2023 e setembro de 2024, mais de 91% dos empregos formais criados no Brasil foram ocupados por pessoas inscritas no programa e no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais).

Regra Proteção

Criada em 2023, essa norma permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Ou seja, essas famílias continuam sendo acompanhadas pelas medidas de proteção social e proteção de renda do governo, incluindo as crianças e adolescentes.