Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) revelou que quatro em cada dez brasileiros estavam negativados em dezembro de 2024. A estatística representa 68,49 milhões de consumidores, indicando uma leve diminuição em comparação ao mês de novembro do ano anterior. No entanto, em relação a dezembro de 2023, o percentual de inadimplentes no país teve um crescimento de 1,92%. A região Sul (-0,85%) apresentou queda no número de dívidas em comparação anual.
Segundo o estudo, no fim do ano passado, cada consumidor devia, em média, R$ 4.432,05 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada pessoa tinha, em média, débitos com ao menos duas empresas credoras. Os dados também indicam que quase três em cada dez consumidores (31,09%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que sobe para 44,86% quando se trata de dívidas de até R$ 1.000.
A pesquisa mostra que o número de devedores com a maior participação em dezembro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,64%). Segundo a estimativa, são 16,90 milhões de pessoas registradas em cadastros de devedores nesta faixa etária, ou seja, quase metade (49,76%) dos brasileiros desse grupo estão negativados. A participação dos devedores por sexo é bem distribuída, sendo 51,16% mulheres e 48,84% homens.
SETORES
Os dados também indicam que quase três em cada dez consumidores (31,09%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que sobe para 44,86% quando se trata de dívidas de até R$ 1.000. Analisando a evolução do número de dívidas por setor credor, destaca-se o crescimento das dívidas com o setor bancário, que teve um aumento de 5,08%. Por outro lado, as dívidas com o setor de comércio (-6,19%), água e luz (-5,61%) e comunicação (-3,32%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.
Em termos de participação, o setor que concentra a maioria das dívidas é o bancário, com 64,62% do total. Na sequência, aparecem os setores de água e luz (10,87%), comércio (10,32%) e outros (8,24%). Em relação ao número de dívidas por região, a maior alta foi observada na região Centro-Oeste (7,55%), seguida pelo Sudeste (2,16%), Nordeste (1,93%) e Norte (1,57%). Regionalmente, o maior percentual de inadimplentes está na região Centro-Oeste, onde 44,82% da população adulta está registrada em cadastros de devedores.
(*) com R7