Na passagem de outubro para novembro, a produção industrial brasileira recuou 0,6%, com quedas em nove dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. As maiores reduções foram registradas por Espírito Santo (-7,2%) e São Paulo (-4,7%). Na comparação com novembro de 2023, a indústria avançou 1,7%, e as taxas positivas foram verificadas em dez dos 18 locais pesquisados. No Rio Grande do Sul a queda chegou a -0,8%.
Já no acumulado em 12 meses houve alta de 3,0%, com 17 dos 18 locais analisados mostrando resultados positivos, enquanto o índice acumulado no ano teve expansão de 3,2%, onde resultados positivos apareceram também em 17 dos 18 locais observados. A indústria nacional, assim, está 1,8% acima do seu nível pré-pandemia. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O comportamento da produção industrial em novembro representa o segundo resultado negativo consecutivo, gerando uma perda acumulada de 0,8% no período. Neste mês observamos efeitos de fatores macroeconômicos que impactaram diretamente, de forma negativa, a cadeia produtiva industrial. A aceleração da inflação, afetando oferta e demanda, e a consequente alta da taxa de juros, reduzindo investimento por parte do produtor, influenciaram o resultado da indústria”, explica Bernardo Almeida, analista da PIM Regional.
DESTAQUE
O destaque de novembro em termos absolutos, e terceiro lugar em influência, foi o mau desempenho da indústria capixaba (-7,2%), mostrando redução pelo segundo mês consecutivo, período em que acumulou perda de 8,4%. Os setores extrativo e de metalurgia foram os que mais contribuíram para esse resultado.
Maior parque industrial do país, São Paulo caiu 4,7% na passagem de outubro para novembro, a maior influência negativa no resultado da indústria nacional. Esse desempenho ocorre após dois meses seguidos de resultados positivos, quando acumulou um ganho de 3,4%. “Os setores de derivados do petróleo, alimentos, veículos automotores e produtos químicos foram os que mais influenciaram a dinâmica da indústria do estado. Essa é a taxa negativa mais intensa da indústria de São Paulo desde junho de 2023 (-5,4%), deixando a indústria paulista 1,3% abaixo do seu patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 23,3% abaixo do seu nível mais alto, alcançado em março de 2011”, observa Bernardo.
O setor industrial teve alta de 1,7% frente a novembro do ano passado e, regionalmente, dez dos 18 locais pesquisados acompanharam o resultado positivo. No Rio Grande do Sul (1,3%) houve avanço na produção.