Preço do barril de petróleo ultrapassa os US$ 80 e defasagem da gasolina aumenta

Petrobras diz que não vai reajustar combustível

Foto: Alina Souza / CP Memória

O preço da gasolina no Brasil permanece mais elevado que o praticado no mercado internacional. O comportamento é resultado das variações no preço dos contratos futuros de petróleo, que fecharam novamente em forte alta nesta segunda-feira, 13, ainda repercutindo as novas sanções dos Estados Unidos contra a Rússia e um possível acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. O tipo Brent para março, mais consumido no mundo e negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,56% a US$ 81,01 o barril.

Este é um dos maiores níveis desde agosto do ano passado. Analistas consideram a possibilidade de que as restrições norte-americanas poderiam cortar o fornecimento em 800.000 barris por dia (bpd) no pior cenário. Entretanto, há uma expectativa que a média do valor possa chegar a US$ 77,50 o barril no primeiro trimestre e US$ 75 o barril no segundo trimestre, ambos com um aumento de US$ 5 em relação à perspectiva anterior.

Importadores apontavam, na última sexta-feira, 10, com o barril fechando cotado em US$ 79,76, que a defasagem de preços em relação ao mercado internacional passa de 22% no diesel e 13% na gasolina no mercado interno brasileiro. A Petrobras descartou qualquer alteração nos preços, pelo menos por enquanto. Último reajuste da gasolina foi em julho do ano passado. O aumento foi de R$ 0,15 por litro vendido nas bombas. Aumento do diesel foi em outubro de 2023. Depois disso, a Petrobras ainda fez duas reduções de preços em dezembro de 2023.