O episódio de hoje é sobre a Erva-baleeira, de nome científico Cordia verbenacea, também é conhecida como maria-milagrosa, baleeira, maria-preta, salicina, pimenteira, catinga-de-barão, e muitos outros nomes. Em inglês, foi apelidada de black sage, talvez pela infinidade de curas que ela nos brinda.
A erva-baleeira é uma planta arbustiva nativa da região de Mata Atlântica porém, espalhada por todos os locais úmidos do nosso imenso país. Em estado natural esta planta é encontrada no litoral do sudeste e sul (entre São Paulo e Santa Catarina), região de cultura caiçara, povo de serra e mar, que a usava em suas curas, na forma de garrafadas.
A erva-baleeira faz parte da listagem do Renasus – Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS e seu uso é bastante extenso no país todo.
A erva pertence a família do confrei, mais conhecido da população e é considerada como a que”engraxa as dobradiças” das juntas do corpo. É uma poderoso remédio utilizado há séculos pelos indígenas brasileiros.
As folhas são dentadas, de cor verde-escuro, ásperas e aromáticas. As flores são brancas, pequenas e reunidas em espigas. O fruto pequeno, redondo e de cor vermelho-escuro atraí muitos passarinhos, que são os grandes propagadores das sementes. Pode ser plantada por estacas de brotos sem flores. Prefere climas quentes. A colheita das folhas pode ser feita o ano todo.
Chá de erva-baleeira
Uma forma fácil de se usar a erva-baleeira é fazer um chá.
Use uma colher de sopa cheia de folhas picadas para 1 litro de água fervente ou, caso tenha a erva seca (comprada em ervanário), use somente uma colher de sobremesa.
O chá de erva-baleeira não deve ser fervido – é uma infusão. Você deve colocar as ervas na água fervente e abafar por 10 minutos. Tomar em seguida. Pode-se tomar de 2 a 3 xícaras ao dia.
Outras formas de uso
Da mesma forma, você pode fazer banho de imersão com o chá de erva-baleeira.
Nas farmácias naturais você encontrará, com certeza, erva-baleeira em cápsulas e em tintura. Seu uso e forma de consumo deverá ser orientado por um terapeuta fitoterápico pois, para algumas pessoas, o consumo de cápsulas ou tintura poderá causar irritação gástrica.