Uma ofensiva da 1ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (1ª Din/ Denarc), nesta terça-feira, tem como alvo um grupo criminoso responsável por abastecer pontos de tráfico em Porto Alegre e na Região Metropolitana. A chamada Operação Aliança soma 90 policiais civis, que cumprem 28 mandados de busca e 23 ordens de prisão preventiva. Vinte pessoas foram detidas até o momento.
A ação na Capital ocorre nos bairros Cascata, Glória, Monte Cristo e Vila Jardim, além da Vila Buraco Quente, no Morro Santa Tereza. Diligências também são efetuadas em Gravataí e em unidades prisionais de Charqueadas, Montenegro, Arroio dos Ratos e Canoas.
De acordo com o delegado Joel Wagner, a investigação começou em março de 2023, quando um homem foi preso em flagrante com duas toneladas de maconha em Viamão. Na ocasião, o traficante admitiu que era subordinado a líderes de uma facção, entre eles Jackson Peixoto Rodrigues, o Nego Jackson, morto a tiros dentro da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) 3, em novembro do ano passado.
“A apuração também revelou que o indivíduo preso em flagrante era peça-chave nas operações da organização criminosa, envolvendo-se diretamente na compra e venda de drogas e armas, além de articular atividades como distribuição de entorpecentes, coleta de lucros ilícitos, lavagem de dinheiro e logística de transporte e armazenamento”, adicionou Joel Wagner.
Ainda conforme o delegado, a ação de hoje também visa coibir um possível conflito entre facções, e por consequência o aumento de homicídios, em virtude da execução de Nego Jackson.
O diretor de investigações do Denarc, delegado Alencar Carraro explica que a operação faz parte de uma estratégia da PC para enfraquecer o poder financeiro das organizações criminosas e, também, reforçar a presença do Estado em áreas conflagradas pelo tráfico.
“As medidas cautelares em andamento visam angariar mais provas para fins de responsabilização criminal de todos os suspeitos, especialmente as lideranças do narcotráfico no Rio Grande do Sul”, afirmou Alencar Carraro.