AGU diz que recebeu resposta da Meta sobre fim de programa de checagem de fatos

Órgão diz que vai analisar manifestação da empresa para decidir se adota alguma providência

Mark Zuckerberg anunciou fim do fact-checking nas redes da Meta Reprodução/Instagram/@zuck

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que recebeu na noite dessa segunda-feira (13) um documento com explicações da Meta sobre o fim do programa de checagem de fatos nas redes sociais da companhia. A AGU tinha notificado a empresa na sexta-feira (10), pedindo esclarecimentos em até 72 horas.

Segundo a AGU, “as informações enviadas serão agora analisadas pela equipe da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia”. “A resposta da empresa será discutida em reunião técnica que deverá ocorrer ainda hoje (14/01), sob a coordenação da AGU, com a participação de representantes das pastas da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) e Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR)”, disse a AGU.

“Somente após essa análise, a AGU, em conjunto com os demais órgãos, se pronunciará sobre os próximos passos em relação ao assunto e tornará público o teor da manifestação”, completou o órgão.

 

O que pediu a AGU?

Além de informações sobre o fim do sistema de checagem de fatos, a AGU pediu explicações da Meta sobre a adoção de medidas para combater crimes como violência de gênero, racismo e homofobia em suas plataformas (Facebook, Instagram, Threads e Whatsapp).

A decisão da Meta de dar fim ao sistema de checagem de fatos foi anunciada em 7 de janeiro pelo fundador e CEO da empresa, Mark Zuckerberg, em um vídeo. A partir de agora, a moderação de conteúdos reportados como nocivos será feita apenas quando indicada por usuários. Além disso, as redes sociais passarão a exibir mais conteúdo político nos feeds.