Quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar os dados de dezembro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano passado, a inflação oficial do país, estará confirmando o que já vem sendo falado há alguns meses. O indicador estourou o teto da meta de 3% para 2024 – e seria considerada formalmente cumprida se o índice oscilasse entre 1,5% e 4,5%.
Se o resultado superar a meta, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda explicando os motivos. Analistas consideram que os custos de energia e bens em dezembro caíram menos do que no mês anterior, apesar da bandeira verde para os consumidores. A tendência é que o indicador mensal provavelmente tenha acelerado de 0,39% para 0,57%.
No último Relatório Focus do ano e começo de 2025, divulgado no último dia 6, os analistas do mercado financeiro estimaram para o IPCA do ano passado tenha apresentado um recuo passando de 4,90% para 4,89%, mas ainda assim acima do teto da meta de inflação, que é de 4,50%.
Tudo indica que a alta dos preços de alimentos e bebidas deverá, provavelmente, puxar a alta. A carne bovina ficou mais cara em um momento de forte demanda local impulsionada por um mercado de trabalho aquecido, combinado com fortes exportações.