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Mais de trezentas mil notificações de casos prováveis e duzentos e oitenta e um óbitos em decorrência da Dengue foram registrados no Rio Grande do Sul em 2024. Conforme a chefe da Divisão Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Roberta Vanacor, o cenário foi o pior nos últimos nove anos.
Segundo Roberta, desde 2023, os especialistas observam mudanças no perfil epidemiológico da doença, que demonstraram que o mosquito está domiciliado, com grande proliferação também nos meses de inverno. Ela explicou que, antes disso, o ciclo de vida do transmissor era favorecido apenas em períodos de altas temperaturas.
A especialista reforçou que os gestores públicos terão um papel fundamental na divulgação e implementação das políticas de enfrentamento à doença, para que os números não sejam ainda mais alarmantes em 2025. Além dos planos de contingência, Roberta salientou que a vacina contra dengue foi incorporada no Sistema Único de Saúde, disponível para crianças de dez a quatorze anos.
Nos primeiros seis dias deste ano, o Rio Grande do Sul contabilizou vinte e oito notificações da doença. Vinte e dois casos estão sob investigação.