Entorno do Complexo Cultural do Porto Seco está tomado de lixo

Área na zona Norte de Porto Alegre é a mesma que recebeu depósito temporário de resíduos da enchente de maio do ano passado

Resíduos avançam sobre a avenida Élvio Antônio Filipetto | Foto: Fabiano do Amaral

Um dos pontos utilizados como depósito temporário de resíduos coletados durante a enchente do ano passado, o entorno do Complexo Cultural do Porto Seco, na zona Norte de Porto Alegre, virou ponto de descarte irregular. Restos de materiais de construção, móveis, pneus, aparelhos eletrônicos garrafas plásticas e animais mortos se acumulam em área de aproximadamente 200 metros de extensão.

As calçadas da avenida Élvio Antônio Filipetto e das ruas Hermes de Souza e Celso Afonso Pereira estão intransitáveis. Além dos resíduos, montes de terra foram depositados sobre o passeio. Entulhos e lixo, que já avançam sobre o asfalto da avenida, completam o cenário. Até mesmo um dos portões de acesso ao complexo onde é realizado o carnaval de Porto Alegre está obstruído.

As ruas Celso Afonso Pereira, na esquina com a Élivo Antônio Filipetto, e José Assis Borges Pinto (Tio Borges), esquina com a Plínio Kroeff, estão com seus acessos bloqueados pelos montes de terra. Moradores do entorno relatam que os fechamentos ocorreram no ano passado, enquanto a empresa responsável pela remoção dos resíduos da enchente trabalhava na região.

“A Tio Borges era uma rua utilizada por muitos carros que acessavam as empresas da região, funcionários estacionavam carros nela, hoje está totalmente fechada, os montes de terra têm até grama crescendo”, conta o carregador Clério Roberto Santos, 32 anos, que trabalha no Porto Seco.

“Não dá pra dizer que antes não tinha foco de lixo, mas agora está pior. E só aparecem para limpar quando está perto do carnaval”, diz Santos.