Médicos da Santa Casa de Rio Grande, no litoral Sul, suspenderam, por tempo indeterminado, desde o dia 28 deste mês, serviços médicos, cirurgias eletivas e atendimentos que não apresentam risco de morte. De acordo com o Sindicato dos Médicos de Rio Grande (Simerg), os profissionais reivindicam a integralidade no pagamento dos honorários de setembro, cujo cronograma acordado anteriormente entre as partes previa a quitação total dos salários de agosto e setembro até 28 de dezembro.
“A Santa Casa pagou apenas agosto, na sua totalidade e 40% (dos salários) de setembro. Com isso os médicos acabaram fazendo essa paralisação, mas cumpre ressaltar que as emergências Serviços Pronto-Atendimento (SPA), Unidades de Pronto-Atendimentos (UTIs), os diários, tudo está sendo mantido. Só o que não é emergência e urgência, como cirurgias eletivas, por exemplo, foi suspenso”, alegou o presidente do Simerg, Sandro Oliveira.
O presidente da Santa Casa de Rio Grande, Renato Silveira, disse que a instituição em até 10 dias deve pagar na totalidade os vencimentos restantes. “Já buscamos o recurso necessário para quitação desses valores. Agosto já está quitado, setembro nós já temos 40% pago e até o dia 10 de janeiro serão pagos os valores restantes de setembro”, revelou.
Ainda segundo Silveira, as pendências referentes a outubro e novembro, serão resolvidas assim que recursos forem repassados ao hospital. “Nós temos a busca de uma renovação de um empréstimo junto a um fundo existente no Ministério Público Federal (MPF), voltado para aplicação nas questões de meio ambiente, um percentual da receita mensal da Portos RS. São R$ 14 milhões que a Prefeitura nos repassará e que prevê a quitação dos meses de outubro e novembro até janeiro”, concluiu.
Renato Silveira ainda mencionou que nesta segunda-feira ocorrerá uma reunião entre o Simerg e a Santa Casa de Rio Grande, para resolver o impasse. Segundo ele, no encontro será reafirmado pela instituição o compromisso para cumprimento dos pagamentos de outubro e novembro até 10 de janeiro. Caso haja um novo acordo, as atividades médicas que foram suspensas serão retomadas, de acordo com o Simerg.
