Um homem de 32 anos foi preso preventivamente, nesta quinta-feira, por suspeita de torturar uma criança em Canoas, na Região Metropolitana. O crime teria ocorrido no início do mês, na rua Borges de Medeiros, no bairro Niterói. A vítima é um menino de 7 anos, que teria sido agredido por mexer no celular do suspeito.
O preso é companheiro da mãe da criança. A mulher, investigada como cúmplice, ainda não foi localizada para prestar depoimento. O paradeiro do pai biológico do pequeno é desconhecido.
A Polícia Civil aponta que a tortura aconteceu no dia 5 de dezembro. O motivo seria a criança ter utilizado o celular do suspeito para brincar de jogos na internet. Como punição, o homem teria golpeado o menino diversas vezes com uma mangueira e um cabo de vassoura.
No dia seguinte aos fatos, os professores de uma escola municipal onde o menino estuda perceberam que ele tinha grande hematomas espalhados por todo o corpo. O aluno também se queixava de fortes dores.
A equipe de ensino acionou o Conselho Tutelar e a Guarda Municipal, que acolheram a criança e conduziram o padrasto para a Delegacia de Pronto Atendimento. Na ocasião, o homem foi liberado após o registro da ocorrência.
Nesta manhã, o suspeito foi preso por agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O homem teria admitido os crimes, mas justificou que tomava remédios antidepressivos e estaria “em crise” no momento do ocorrido.
“Foi instaurado um inquérito policial a fim de apurar a prática de tortura. Também investigados a omissão da mãe do menino, porque as agressões ocorreram na casa dela e enquanto ela estava presente no local”, afirmou o titular da DPCA de Canoas, delegado Maurício Barison.