Confiança da Construção sobe 0,9 ponto em dezembro, diz FGV

Na média móvel trimestral, o índice recuou 0,6 ponto

Crédito: Divulgação/FGV-Ibre

O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 0,9 ponto em dezembro, para 96,6 pontos. Na média móvel trimestral, o índice variou -0,2 ponto, segundo resultado negativo consecutivo. O indicador chega ao último mês do ano ligeiramente acima do patamar de dezembro do ano passado, em uma posição de pessimismo moderado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV\Ibre).

“O resultado parece desafiar os indicadores que mostram um mercado de trabalho bastante aquecido. De fato, em 2024 houve aumento dos investimentos na infraestrutura e no mercado imobiliário, o que contribuiu para o crescimento do setor e deve ter impactos também em 2025. As oscilações da confiança refletiram os altos e baixos dos negócios atingidos pela dificuldade na contratação de trabalhadores. Ainda assim, em dezembro a confiança pode ser vista de forma positiva: o percentual de empresas que espera crescimento na demanda é significativamente superior aos que esperam queda (21 pontos),” observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.

A alta do ICST de dezembro foi influenciada tanto pela percepção positiva sobre o momento atual quanto pela melhora das perspectivas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,3 ponto, para 95,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,5 ponto, para 97,6 pontos.

COMPONENTES

Os dois componentes do ISA-CST variam em sentidos opostos: o indicador de volume de carteira de contratos subiu 2,8 pontos, para 96,9 pontos, enquanto o indicador de situação atual dos negócios recuou 2,1 pontos, para 94,7 pontos. No âmbito das expectativas, os componentes do IE-CST variaram na mesma direção: indicador de demanda prevista nos próximos três meses subiu 2,6 pontos, alcançando 100,7 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses avançou 0,4 ponto, atingindo 94,4 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção variou -0,1 ponto percentual (p.p.), para 78,9%. O NUCI de Mão de Obra também variou -0,1 p.p., para 80,3% enquanto o NUCI de Máquinas e Equipamentos avançou 0,4 p.p., para 73,6%, respectivamente.