Os três ocupantes do carro, envolvido no acidente entre carreta e ônibus, em Teófilo Otoni, a 450 km de Belo Horizonte, foram resgatados com ferimentos leves e já foram liberados do hospital. Pelo menos 38 pessoas morreram e outras oito ficaram feridas com a batida.
Fagner dos Santos Silva Pinto, um dos ocupantes, conta que saíram de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e estavam a caminho de Vitória da Conquista, na Bahia. “Tava excelente, boa demais a viagem. Tudo tranquilo. Tava indo bem, todo mundo dando risada, ouvindo música. Do nada, aconteceu essa tragédia. A gente parou no posto para abastecer e viemos atrás do ônibus”, explicou.
Fagner explica como foi a dinâmica do acidente. “Na descida da Laginha, o pneu do ônibus estourou, o ônibus foi para a contramão e voltou. A carreta pegou. A gente brecou, a carreta pegou a gente. A pick up vinha na traseira e jogou a gente pra debaixo da carreta”, detalha.
Os feridos saíram do veículo pela janela do motorista. “Primeiro ele [outro ocupante do carro] saiu, pela porta do motorista, pela janelinha. Eu fui atrás dele. Eu tentei quebrar o vidro pra tirar ela. Como não estava conseguindo, peguei o ferro da pickup e quebrei o vidro. Ela soltou o cinto e eu arrastei ela pra fora”, explica.
Fagner conta que esperou o socorro chegar, depois que o grupo saiu do veículo. Eles foram levados para o hospital, mas já foram liberados.
O homem brinca que agora tem duas datas de aniversário. “Você viu como ficou o carro. A gente teve sorte, sobreviveu por amor de Deus. Agora tenho dois aniversários, dia 18 e dia 28, no mesmo mês”, conta.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lamentou as mortes. “Determinei mobilização total no atendimento às vítimas e suporte aos familiares no trágico acidente na BR-116, em Teófilo Otoni. Nossas Forças de Segurança trabalham sem interrupção desde a madrugada e ao longo dessa manhã para atender com agilidade a ocorrência”, declarou Zema em um comunicado.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a colisão envolveu 49 pessoas, que estavam em um ônibus, uma carreta e um carro. O chamado inicial indicava um incêndio em um ônibus. No entanto, ao chegarem ao local, os militares constataram que o veículo, vindo de São Paulo, havia sofrido um acidente após o estouro de um pneu.
Ainda conforme a corporação, há duas versões sobre a dinâmica do acidente. A primeira relata que o motorista perdeu o controle da direção após um pneu estourar, colidindo contra uma carreta. Já uma outra versão aponta que o bloco de granito teria caído do caminhão e atingido o ônibus. Segundo os militares, apenas a perícia vai confirmar a versão verdadeira.
A empresa responsável pelo ônibus lamentou a ocorrência e se solidarizou com as vítimas. A EMTRAM informou que está empenhando máximo esforço para auxiliar as pessoas envolvidas e seus familiares, oferecendo e providenciando todo o apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico.
