Próximo do final do ano, em uma época comum para a realização de balanços das gestões públicas, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), comentou sobre ações realizadas em 2024 e os desafios que enfrentará até o encerramento de seu mandato. Reconstrução, educação e segurança pública foram assuntos tratados pelo governador nesta sexta-feira, em entrevista ao programa Acontecendo, da Rádio Guaíba.
Com uma crise instaurada no sistema prisional do Estado após a morte de um líder de facção em um presídio de Canoas, no final de novembro, Leite buscou exaltar os números positivos na segurança. “Os indicadores criminais de 2024 devem ser os melhores da história recente do Rio Grande do Sul”, falou.
“Reduziu 50% de homicídios em relação ao pico que o Estado teve em 2017. Reduzimos em quase 90% o roubo de veículos. Houve mais de 70% de reduções em roubos a pedestres. Está muito melhor, vamos continuar avançando e apertando o cerco contra o crime”, disse.
Ainda, ele rebateu críticas aos investimentos financeiros em presídios. “O sistema prisional é estratégico na segurança pública. Tenho que ter polícia com firmeza nas ruas para combater os crimes e, quando prendo, tenho que colocar em um sistema prisional que possa trabalhar na ressocialização”, afirmou, ressaltando que não existe prisão perpétua ou pena de morte no Brasil.
Sobre a retira da urgência do projeto de lei (PL) 364/2024, enviado aos deputados gaúchos, que prevê a retirada das tomadas das celas, falou que “já é uma medida que estamos adotando, mas nos novos presídios. Fazendo sem tomada”.
Educação receberá maiores investimentos nos próximos anos
Ao tratar de educação, Eduardo Leite exaltou a ampliação do orçamento do Estado na área. “A cada ano, nos próximos 15, o Estado vai colocar mais de R$ 300 milhões na educação”. A iniciativa de disponibilizar uniformes gratuitos para os estudantes da rede estadual também foi citada.
“É a primeira vez que o Estado entrega uniformes gratuitamente. A ideia é começar o ano letivo com isso”, falou, acrescentando que a iniciativa “evita o bullying” e traz um “sentido de pertencimento”.
“O Rio Grande do Sul não é uma ilha”, disse Leite
“No que depende de nós mesmos, estamos fazendo a lição de casa”, abordou o governador, ao tratar da reconstrução do Estado após as enchentes de maio. Disse, porém, que “o RS não é uma ilha” e está “inserido em um contexto nacional”.
Sobre os impactos financeiros positivos, citou condições para uma boa safra, que “impacta positivamente na nossa economia”. Além disso, o governador argumentou que “cada ponte, cada casa, cada obra” terão impactos econômicos e “o desafio é colocar tudo isso em prática”.