Interditada, Plataforma Marítima de Atlântida sofre com furtos, vandalismo e deterioração

Estrutura em Xangri-Lá está embargada pela União, e associação mantenedora afirma depender de laudo das condições do local

Interditada, Plataforma Marítima de Atlântida sofre com furtos, vandalismo e deterioração Foto: Pedro Piegas/CP

A Plataforma Marítima de Atlântida é um dos grandes símbolos de engenharia do Litoral Norte, e o principal ponto turístico de Xangri-Lá, sendo importante para a economia do município, por servir de paradouro para pescadores, mas irá passar mais um veraneio fechada e com riscos para os frequentadores próximos. Parcialmente destruída desde outubro de 2023, quando parte dela desabou, hoje ela está com inúmeras rachaduras e visível estado de abandono. Embargada por riscos estruturais pela União, está também interditada, e uma placa informa deste fechamento.

No entanto, o aviso é frequentemente ignorado, sendo a plataforma em si alvo constante de furtos, principalmente da fiação elétrica. Assim, não há iluminação no local. “A Prefeitura tem um projeto para construir uma plataforma em 360 graus, só que a Associação dos Usuários da Plataforma Marítima de Atlântida (Asuplama) não quer abrir a mão. Isto aqui teria de ser derrubado e deveriam ser feitos molhes. Acredito que seria melhor se isso fosse feito”, disse o pescador Marcos André Jung, morador da área. “Pesquei 30 anos aqui e é triste ver esta situação”.

O presidente da Asuplama, José Luís Rabadan, por sua vez, defende não haver como proceder com qualquer mudança enquanto não houver a liberação do laudo do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (Leme) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), contratado pela Prefeitura de Xangri-Lá. Mesmo fazer as medições necessárias, conforme ele, é difícil por “exigir uma condição de mar muito específica”, como ausência de ondas, por exemplo.

“Enquanto isso, a plataforma está fechada, sendo bastante vandalizada. Fica a expectativa para que a Prefeitura coloque todos os esforços para que a plataforma volte a ser utilizada o quanto antes”, acrescentou Rabadan. De acordo com o presidente, hoje a arrecadação da Associação é R$ 5 mil mensais, algo que mal cobre os custos dela própria. Antes, a plataforma cobrava ingresso na entrada. “Temos apenas um funcionário que vai nela de vez em quando”, disse. A Prefeitura de Xangri-Lá não foi localizada para comentar sobre o andamento do processo.