Secretaria do Meio Ambiente do RS apresenta balanço de 2024

Marjorie Kauffmann destaca queda no desmatamento de 2022 para 2023

Foto: Ricardo Giusti / Correio do Povo

A Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado realizou na tarde desta segunda-feira a apresentação do balanço de ações desenvolvidas no ano de 2024. Estiveram presentes no evento a secretária Marjorie Kauffmann, os demais diretores, assessores e respectivas equipes da pasta, o secretário adjunto do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marcelo Camardelli Rosa, o Diretor Presidente da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Ademir Baretta e o presidente da Fepam, Renato Chagas, as últimas estruturas ligadas à secretaria.

Kauffmann iniciou a apresentação destacando dados de 2023 relacionados à queda do desmatamento no Rio Grande do Sul. Conforme as informações do MapBiomas e do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil 2023, o Estado alcançou uma queda substancial nas áreas desmatadas em comparação com o ano de 2022. Foram 17.882 hectares a menos de área desmatada no bioma mata atlântica e 1.574 hectares a menos de área desmatada no bioma pampa.

Para 2025, o chefe da assessoria de Planejamento Estratégico, Diego Perla, anunciou o maior volume de projetos e recursos aprovados na história da Sema. Serão R$ 524,2 milhões liberados para a pasta no próximo ano. Ainda de acordo com Perla, 89% das metas de 2024 já foram atendidas.

Segundo o diretor de Recursos Hídricos e Saneamento, Carlos da Silveira, em razão das enchentes registradas no estado, neste ano houve uma aproximação da secretaria junto aos comitês de bacias hidrográficas.

“Temos ido em todas as reuniões, sempre vai um técnico nessas reuniões”, afirmou Silveira.

Ainda como aprendizado da gestão durante a enchente, a pasta está criando um novo projeto interno para emissão de alertas climáticos.

“Além do que já é feito pela Defesa Civil, detectamos a necessidade de termos um sistema de emergência após as enchentes de maio. Estamos criando isso, vai ser um serviço de sobreaviso”, afirmou Kauffmann.

Durante o evento, também foi lançado o primeiro Atlas Hidrográfico do Rio Grande do Sul, trabalho que vinha sendo desenvolvido há dois anos no âmbito da diretoria de Energia, liderada por Rodrigo Huguenin. O material deve ser um norteador para políticas de gestão hídrica no Estado.

No âmbito da assessoria técnica e diretoria de Energia, também foram destacados os investimentos em pesquisa e desenvolvimento sobre Hidrogênio Verde e o incentivo às energias renováveis. A pasta esteve presente em 21 eventos sobre fontes renováveis em 2024.

“O hidrogênio verde é uma pauta que a gente acredita muito. O estado tem uma demanda interna e aqui, diferente de outros estados, nos olhamos para isso”, afirmou o chefe da assessoria Técnica, Guilherme Souza.

O departamento de Mineração defendeu mais políticas públicas voltadas ao setor e maior exploração de minerais alternativos, como a areia. Segundo o diretor de Mineração, Otávio Pereira de Lima, não há transição energética sem a mineração. Lima destacou ainda a Assinatura do Contrato do Plano Estadual de Transição Energética Justa em 2024.

Plano Rio Grande e Fundo Rio Grande

Neste ano a Sema teve um orçamento ampliado devido às verbas do Fundo Rio Grande, ligado ao Programa de Reconstrução, Adaptação e Resiliência Climática do Rio Grande do Sul (Plano Rio Grande), criado pelo governo estadual após as enchentes de maio.

Segundo a secretária, são sete projetos aprovados no Plano Rio Grande. As iniciativas estão em fase de contratação de serviços.

O secretário adjunto do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marcelo Camardelli Rosa, destacou ainda a retomada e eleição de representantes do Conselho Estadual de Saneamento no âmbito do Plano Rio Grande.

Atuação da Fepam

O diretor da Fepam, Renato Chagas, enalteceu o trabalho das oito regionais da fundação no estado.

Dentre as licenças emitidas na área industrial, Chagas destacou contratos ligados à produção de etanol. “Hoje somos 100% dependentes do álcool gerado no centro oeste. Nós conseguimos emitir licenças para o etanol do cereal, ou seja, vamos produzir grão, processar e gerar um bem”, afirmou.